29 setembro, 2008

VOCÊ EM MIM.....



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Não são pelos meus olhos...
Embora através deles você possa ver minha alma, já que eles são verdes profundos e sinceros.
Algumas vezes eles mostram tristezas, outras alegrias, medo, dor, saudades...
Tem horas que eles são tímidos, em outras, abandonam a timidez e de maneira bem sapeca se tornam sensuais.
Não são pelos meus cabelos que hoje podem estar grisalhos, lisos, mas com a tecnologia a nosso favor, amanhã eles podem estar negros e encaracolados.
Não é o cheiro da minha pele que vai fazer alguém gostar de mim...
Já que todos tem preferências por perfumes diferentes, e talvez nem gostem do perfume que uso.
Não será pelo meu corpo que alguém vai gostar de mim...
Algumas pessoas gostam de magras, outras de gordas, umas de altas, outras de baixas.
Pelo meu corpo será difícil agradar a todos os gostos.
Para alguém gostar de verdade de você, terá que conhecer o ser bonito que mora em seu interior.
Terá que aprender com o meu melhor e mais bonito, aquilo que a alegria sempre irradia e salta aos olhos, fazendo de mim um ser humano feliz.
Terá que subir em árvores.
Dançar na chuva sem medo de pegar um resfriado.
Cantar bem alto, mesmo quando dizem que és desafinado.
Tem que ter coragem para dizer não mesmo quando o coração manda dizer sim.
Tem que aprender a amar os que nem sempre merecem.
Beijar aqueles que te batem na face.
Perdoar aqueles que te condenam.
Viver cada dia da melhor maneira possível como se fosse o último da sua vida...
Dar bom dia para o sol, boa noite para a lua, agradecer a Deus pela chuva.
Reclamar menos, sorrir mais.
Aprender que não vale a pena se torturar com nossos erros e sim ver que em cada erro existe a oportunidade de um novo acerto.
Eu estou aprendendo a ser assim...
Vendo você em mim....

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Grito de alerta....



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Aflição perante desastres iminentes?
Talvez não aconteçam, mas tenhamos a certeza de que eles podem ser um fato a se concretizar, sem que com isso deixemos de ver a vida como ela é: "com alegrias e tristezas, com compromisso, fraternidade, e paz no coração.
Contrariedades e contratempos?
Quase sempre são medidas de provação e fé, livrando-lhe o coração de males maiores. Isso afeta a todos e não só a você.
Desgostos de longo alcance?
Oportunidade de revisão de nosso próprio comportamento, de nosso envolvimento com o todo.
Na busca por realizações não podemos alcança-lo a qualquer custo, pois o preço a ser pago é muito alto.
Deixe de pensar no seu próprio umbigo.
A vida não gira em torno só de você.
Injúrias e perseguições?
Os que as cometem, necessitam de ajuda, pois estão doentes, necessitando de silêncio, prece e oração.
Falta família na vida deles.
Falta Deus em seus corações e em suas vidas.
Preterições?
Compadeça-se dos que se dispõem a tomar o direito dos outros, porque ignoram os problemas que serão compelidos a enfrentar.
Nada escapa aos olhos de Deus.
Ele tudo vê.....
Erros nossos?
Ensejo bendito de correção em nós por nós mesmos.
Faltas ou quedas de entes queridos?
Respeitamos as experiências deles reconhecendo que estamos à frente de nossas próprias lições, e eles aprenderão com suas próprias provações.
Dificuldades?
A provação é o metro de avaliação de nossa própria fé.
Quem trás amor no coração estará mais proximo da solução.
Moléstias físicas?
Pausas para a iluminação e a reflexão da vida espiritual, onde buscaremos no amor de Deus, forças para continuar a caminhar.
Querer viver é ter a certeza de que Deus está conosco e não nos abandonará.
Profecias inquietantes?
Reflitamos: o Sol que se levantou ontem pela misericórdia de Deus, pela misericórdia de Deus brilhará para nós também hoje e não há como mudar isso.
Portanto alegre-se, pois se você despertou para a vida com alegria no coração, a manutenção desta alegria durante o seu dia será mais solidificada a medida que se irradiar o amor a tudo e a todos ao seu redor.
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25 setembro, 2008

A escolha do Amor ....



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A vida sempre oferece duas opções, se não há uma segunda porta, pode apostar que existe uma janela ou um telhado que se possa abrir.
Por isso, você pode contemplar uma rosa, sentir seu perfume inigualável, perder-se com a beleza das cores e deixar-se levar pela magia das flores.
Ou sentir o espinho e reclamar da dor, lamentar as folhas arrancadas.
Pode chorar por não ter recebido mais rosas, ou ainda hoje, oferecer uma para alguém...
Você pode olhar o mar e se encantar, sentir a água salgada refrescar a pele, a força das ondas limpar as energias, deliciar-se com o alimento que vem do mar que pode ainda hoje, saciar a sua fome.
Ou pode lembrar da Tsunami que matou milhares, das tempestades que afundam navios, dos que morreram afogados...
Diante do Sol pode se aquecer, lembrar que a vida não existe sem ele,passear sem compromisso, tomar um sorvete, ou olhar a terra seca, pensar no deserto, chorar diante da semente que morreu, lamentar o fruto que não floresceu.
Assim é a sua vida, cheia de motivos para comemorar, a saúde que não ligamos, até cairmos doentes, a paz que temos, até que alguém nos rouba, o amor que nos une, até que nos separamos, a família que nos liga, até que nos distanciamos, a humildade que queremos ter, até que o orgulho nos cegue, o emprego que nos sustenta, até que o demissão nos atinge.
Mesmo diante da noite mais escura, podemos acender um mísero fósforo e iluminar a rua.
Diante da dor mais profunda, podemos confortar com um gesto, uma palavra.
Perto do fim, podemos encontrar o nosso começo, e onde tudo parecer impossível, nos resta o encontro divino com a fé, onde Deus, que habita em nós, responde, filho, Eu estou aqui, Eu sou o Amor.
Sempre haverá mais de uma escolha, e que o amor seja sempre a sua primeira opção.

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24 setembro, 2008

A MAÇÃ....



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Na Universidade de Chicago "Divinity School", em cada ano eles têm o que chamam de "Dia Batista".
Nesse dia cada um deve levar um prato de comida e há um piquenique no gramado.
Sempre, no "Dia Batista", a escola convida uma das grandes mentes da literatura no meio educacional teológico para dar uma palestra.
Num ano eles convidaram o Dr. Paul Tillich.
Dr.Tillich falou durante 2 horas e meia provando que a ressurreição de Jesus era falsa.
Ele questionava estudiosos e livros e concluiu que, à partir do momento que não havia provas históricas da ressurreição, a tradição religiosa da igreja caía por terra, porque era baseada num relacionamento com um Jesus que havia ressurgido, mas, de fato, ele nunca havia ressurgido literalmente dos mortos.
Quando concluiu sua teoria, ele perguntou se havia alguma pergunta. Depois de uns 30 segundos, um senhor negro de cabelos brancos se levantou no fundo do auditório.
"Dr. Tillich, eu tenho uma pergunta!
" ele disse enquanto todos os olhos se voltavam para ele.
Ele colocou a mão na sua sacola, pegou uma maçã e começou a comer.
E Dr. Tillich... CRUNCH, MUNCH...
Minha pergunta é uma questão muito simples... CRUNCH, MUNCH...
Eu nunca li tantos livros como o senhor leu...CRUNCH, MUNCH...
e também não posso recitar as Escrituras no original grego... CRUNCH, MUNCH...
Eu não sei nada sobre Niebuhr e Heidegger... CRUNCH, MUNCH...
" e ele acabou de comer a maçã. "
Mas tudo o que eu gostaria de saber é: essa maçã que eu acabei de comer estava doce ou azeda?"
Dr. Tillich parou por um momento e respondeu com todo o estilo de um estudioso: "
Eu não tenho possibilidades de responder essa questão, pois eu não provei a sua maçã.’’
O senhor de cabelos brancos jogou o que restou da maçã dentro do saco de papel, olhou para o Dr. Tillich e disse calmamente:
"O senhor também nunca provou do meu Jesus, como pode afirmar o que está dizendo?
" Mais de 1000 pessoas que estavam assistindo não puderam se conter.
O auditório se ergueu em aplausos.
Dr. Tillich agradeceu a platéia e rapidamente deixou o palco.
E você, já provou Jesus?
"Prove e veja que o Senhor é bom.
Feliz é o homem que nele se refugia." (Salmo 34:8)
Que DEUS te proteja em nome de JESUS!
"Não fui criado para dar errado, pois Deus não patrocina fracassados."

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23 setembro, 2008

Perseverar na fé e na solidariedade.....



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IRMÃ DULCE ....

A frase saiu arrastada da garganta daquele jovem.
- Irmã, não me deixe morrer na rua
- ele implorou mais uma vez.
- Meu filho, eu não tenho onde colocar você.
Isto aqui é um posto médico.
Irmã Dulce procurava na mente uma outra frase para tentar explicar ao pequeno jornaleiro agonizando à sua frente com malária, que não tinha condições de abrigá-lo, mas não encontrava palavras para uma explicação que ao seu coração mostrava ser totalmente descabida.
Um nome então saiu espontaneamente dos seus lábios:
Ilha dos Ratos, um lugar próximo ao posto médico em que trabalhava, onde existiam casas abandonadas.
Ela sabia que talvez o esforço para socorrê-lo fosse inútil, diante do estágio já avançado da doença.
Mesmo assim, não poderia ficar indiferente à dor daquela criança e decidiu lutar contra a febre, a fome, contra o desespero que se expressavam nos lábios trêmulos daquele menino.
- Venha comigo, meu filho.
O seu olhar e a paz transmitida pela sua voz trouxeram uma nova esperança para o pequeno jornaleiro.
Irmã Dulce o levou pelas mãos até a Ilha dos Ratos.
As casas estavam de fato vazias, mas as portas muito bem trancadas.
- Moço, arrombe esta porta por favor... disse para uma banhista que vinha passando.
- O que é isso irmã, a senhora ficou doida?
Isto tem dono!
- Eu sei moço.
Mas arrombe esta porta.
Por minha conta.
- Não sei não irmã...
- Este menino está morrendo.
Ele bateu à minha porta na esperança de ser atendido.
Deus não atende a todos nós?
Não é Ele quem nos dá o ar, a luz, a saúde?
Ele recusa alguma coisa quando pedimos com fé, com esperança?
Como vamos recusar um pedido de nosso semelhante, do nosso próximo?
A porta foi arrombada e Irmã Dulce acomodou o menino.
Em seguida saiu e voltou logo depois, trazendo uma lamparina de querosene, leite, biscoitos e Florentina, uma conhecida que morava nas redondezas e que, a seu pedido, passou a noite tomando conta do pequeno enfermo.
O pequeno jornaleiro seria apenas o primeiro doente recolhido nas ruas, acolhido por Irmã Dulce.
No dia seguinte ele foi buscar uma velha mendiga que estava morrendo de câncer sob uma tamarindeira.
Depois, um tuberculoso e em pouco tempo, dezenas de doentes estavam abrigados nas casas da Ilha dos Ratos.
Para alimentá-los, a jovem freira saía de porta em porta, recolhendo comida.Algum tempo depois, foi expulsa das casas.
Iniciou então uma peregrinação com os seus doentes, que se estendeu por vários anos, até 1949.
Primeiro, ela os levou para os arcos da Igreja do Bonfim, mas teve novamente que sair, dessa vez por ordem do prefeito.
Foi para o Mercado do Peixe e novamente foi expulsa. Ficaria na rua com os seus doentes?
Ela, então, lançou mão de um último recurso: foi à superiora da sua congregação e lhe pediu para abrigar os doentes no galinheiro do convento.
Não sem relutância, a madre concordou, desde que Irmã Dulce encontrasse uma solução para as galinhas.
Em pouco tempo, o galinheiro estava limpo, colchões espalhados pelo chão e os 70 doentes abrigados.
A madre superiora retornou e elogiou o empenho de Irmã Dulce.
Antes de ir, perguntou pelas galinhas.
- Estão todas muito bem, na barriga dos meus doentes.
O albergue improvisado no galinheiro do Convento Santo Antônio, da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição Mãe de Deus foi o início da grande obra de fé erguida por Irmã Dulce, uma das primeiras organizações não governamentais do país, que conquistou o respeito e a admiração de todos os brasileiros.

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22 setembro, 2008

A ARTE DE CULTIVAR VIRTUDES...




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Um avô e seu neto, caminhando pelo quintal, ora se agachando aqui, ora ali, em animada conversação, não é cena muito comum nos dias atuais.
O garoto, de 4 anos de idade, aprendia a cultivar e a cuidar das plantas com o exemplo do seu avô, que tinha tempo para o netinho sempre que este o visitava.
Era por isso que o pequeno Nícolas acariciava as mudinhas que havia plantado e dizia: "quem planta colhe, né vovô?"
Mas o avô não é habilidoso apenas no cultivo de plantas, é hábil também na arte de cultivar virtudes.
Entre uma conversa e outra, entre a carícia numa flor e uma erva daninha que arrancava, ele ia cultivando virtudes naquele coração infantil.
Ia ensinando que para obter frutos saborosos e flores perfumadas é preciso cuidado, dedicação, atenção e conhecimento.
E que, acima de tudo, é preciso semear, pois sem semeadura não há colheita.
O cuidado do pequeno Nícolas pelas plantas era fruto do ensinamento que recebeu desde pequenino, pois nem sempre foi assim.
Quando começou a engatinhar, suas mãozinhas eram ligeiras em arrancar tudo o que via pela frente, como qualquer bebê que quer conhecer o mundo pela raiz...
E, se não tivesse por perto alguém que lhe ensinasse a respeitar a natureza, talvez até hoje seu comportamento fosse o mesmo, como muitas crianças da sua idade ou até maiores.
Importante observar que as melhores e mais sólidas lições as crianças aprendem no dia-a-dia, com os exemplos que observam nos adultos.
É mais pela observação dos atos, do que pelos conselhos, que os pequenos vão formando seus caracteres.
Se a criança cresce em meio ao desleixo, ao descuido, às mentiras, ao desrespeito, vendo os adultos se agredindo mutuamente, ela aprenderá essas lições.
Assim, se temos a intenção de passar nobres ensinamentos a alguém, se faz necessário que prestemos muita atenção ao nosso modo de vida, às nossas ações diárias.
Como todo bom jardineiro, os educadores devem ser bons cultivadores de virtudes e valores.
Devem observar com cuidado as tendências dos filhos e procurar semear na alma infantil as sementes das quais surgem as virtudes, ao tempo em que as preservam das ervas daninhas, das pragas, da seca e das enchentes.
Sem esquecer o adubo do amor.
A alma da criança que cresce sem esses cuidados básicos por parte dos adultos, geralmente se torna campo tomado pelas ervas más dos vícios de toda ordem.
E, de todas as ervas más, as mais perigosas são o orgulho e o egoísmo, pois são as que dão origem às demais.
Por isso a importância dos cuidados desde cedo.
E para se ter êxito nessa missão de jardineiro de almas, é preciso atenção, dedicação, persistência, determinação.
O campo espiritual exige sempre o empenho do amor do jardineiro para que possa produzir bons resultados.
E o empenho do amor muitas vezes exige alta dose de renúncia e de coragem.
Coragem de renunciar aos próprios vícios para dar exemplos dignos de serem seguidos.
Os jardins da alma infantil são férteis e receptivos aos ensinamentos que percebem nas ações dos adultos.
Por essa razão vale a pena dedicar tempo no cultivo das virtudes, antes que as sementes de ervas daninhas sejam ali jogadas, nasçam e abafem a boa semente.
Para que você seja um bom cultivador de almas, é preciso que tenha em sua sementeira interior as mudinhas das virtudes.
Somente quem possui pode oferecer.
Somente quem planta, pode colher.
Pense nisso, e seja um cultivador de virtudes.

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17 setembro, 2008

LESÕES NA ALMA....


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Diante dos acontecimentos infelizes que te surpreendam no caminho por onde segues buscando a renovação, resguarda-te na fé iluminada que te impulsiona ao trabalho diário.
Se agasalhas azedumes, cultivando mágoas e mantendo ódios, estás em perigo.
Se te deténs na maledicência, ou na ociosidade, ou te conduzes sob chuvas de impropérios que partem da tua revolta, estás à borda de terrível despenhadeiro.
Se sustentas rivalidades e aceitas o desafio das ofensas ou te interessas pela preservação das inimizades, encontras-te na fronteira do desequilíbrio.
Preserva-te na calma ante qualquer provação ou sob torrentes de ameaças, sem te dares a oportunidade de sintonizar na faixa da agressão. Esses inimigos que agasalhas e vitalizas com assiduidade produzem-te graves lesões na alma, desarticulando as engrenagens sutis encarregadas do equilíbrio fisiopsíquico que se te faz necessário.
Da alma procedem as realizações edificantes e os processos degenerativos que se exteriorizam no corpo.
Ulcerações do estômago e do duodeno, problemas hepáticos e disfunções intestinais, manifestações cancerígenas e distúrbios da emotividade, propiciadores da ansiedade, da neurose, da psicose e de outras alienações têm as suas nascentes nos fulcros em desalinho da alma.
Enfermidades perfeitamente evitáveis no campo da mente e nos painéis físicos derivam do descontrole da vontade e da mal uso dos valores que a vida proporciona para o progresso.
Desse modo, se caminhas pela saúde, desejando o equilíbrio psicofísico, aprende a dirigir a conduta mental e moral, não dando guarida às farpas do mal, nem aos raios da perversidade que ainda grassam na Terra.
Entrega-te à ação do trabalho constante, sem tempo para a queixa ou o azedume, para a averiguação do erro alheio e da ingratidão, amando e esperando sob a dádiva luminosa da fé que te apresenta o porvir feliz à tua espera, se perseverares fiel até o fim.
Tenha fé e seja otimista diante das lesões na alma, pois tudo tem seu tempo para ser digerido e transformado em algo de bom diante das adversidades que se apresentam, e elas nos proporcionam um crescimento espiritual e uma maturidade necessária para podermos serguir vivendo.....

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15 setembro, 2008

Fazendo a sua parte..........




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Desde que me entendo por gente observo certas palavras que servem de paradigmas que mobilizam nossas vidas em relação a política. (Desenvolvimento, democracia, modernização, compromisso , ética, moral, etc...).
Fui educado para saber respeitar e ser respeitado, fui ensinado também que desperdiçar o voto é votar sem consciência; é votar mesmo sabendo que não vai fiscalizar o candidato se eleito.
É errado cobrar manifestação política de pessoas despreparadas e desprovidas de consciência política.
É mais que erro, é covardia e irresponsabilidade.
Porém dentro do cenário político atual ainda tem bons cidadãos, raros, mas existem, e é obvio que mais importante que votar é votar bem .
Quando formos votar, daqui alguns semanas (dia 05 de outubro/15 de novembro), o melhor critério é votar em quem você conhece em quem você acredita, que tem diálogo, que tem discurso honesto , que se mostra amigo, que se interessa pelo bem coletivo da sociedade, da sua comunidade, do seu bairro, enfim se ele possui essas características certamente será um bom político e você que é bom, responsável pelos seus atos e honesto eleitor , estará fazendo a sua parte e colaborado para um Brasil melhor.
Será que eu tenho o melhor opção para votar?
Será que a minha visão do que é bom para o mundo é o melhor para todos, e está acima das minhas espectatívas?
Pense bem pois o que vai colocar na urna é a sua intenção de que você quer mudar algo pra melhor, ou pelo menos mudar esse modelo que está ai.
O melhor candidato a Vereador / Prefeito / Deputado / Governador / Presidente, tem que ter valores humanos à considerar, como saber ver muito bem com os olhos e com o coração. Ele tem que ter compreensão, honestidade, paz, integridade, responsabilidade, parceria, fraternidade, e é muito dificil de se encontrar esses valores em um candidato nos dias de hoje.....
Mas será que eu procurei fazer a minha parte, em pelo menos escutar e participar dos problemas que hora estão ai a saltar os ólhos ?
Ou o problema está no vizinho e nunca chegará até mim??.....
O nome do candidato só você sabe, pois só você sabe onde é que seu calo aperta......
Por isso, pense um pouco e faça a sua parte no processo.
Não há como mudar a ignorância generalizada que hoje está ai, e contra essa ignorância não há argumentos.....
Apenas com um trabalho de valor educacional e cultural, e de respeito ao cidadão, onde se façam presente os valores da familia, é que teremos chance de mudanças a médio e longo prazo.
Um grande abraço em todos........

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13 setembro, 2008

A PAZ INTERIOR.....


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A paz interior é esse caminho que queremos todos atravessar.
É essa senda onde as culpas ficaram para trás, o sentimento de dever cumprido fica presente e o arco-íris aponta para o infinito.
Buscamos todos, com vontade, força, verdadeira luta.
Somos, talvez, um pouco desajeitados nessa nossa busca.
Queremos sim, com a força do nosso coração e da nossa alma, mas tropeçamos sempre nesses sentimentos humanos que nos fazem, se não iguais a todo mundo, bem parecidos.
Acumulamos os restos do dia, nos esquecemos de varrer a casa da alma a cada noite para o repouso tranquilo e reparador para o novo recomeço na manhã seguinte.
Temos dificuldade em perdoar, esquecer, passar por cima e ir em frente. E a alma se inquieta, a paz tarda a chegar porque colocamos, nós mesmos, impedimentos.
Achamos que dar o braço a torcer e seguir em frente seria nos curvar e somos por demais orgulhosos para isso.
Optamos, então, por buscar a paz de outras maneiras.
Outras maneiras... como se existissem...
Não haverá paz no mundo enquanto ela não começar no coração do homem.
Enquanto esse mesmo homem não começar a tirar de si as pedrinhas que incomodam a si e aos outros e não pensar na felicidade alheia como um objetivo tão importante como a felicidade própria.
Não haverá paz interior enquanto o exterior estiver em guerra, enquanto não compreendermos que somos o sal da terra e que se nossa luz não brilhar todos os caminhos serão escuros.
A paz interior não está no alto ou em baixo, nos mares ou nas montanhas e nem mesmo nas maravilhosas flores que tanto nos fascinam.
A paz interior começa onde começa nossa compreensão de que nada somos se de nós não damos.
Se não a encontramos, é porque buscamos errado.
Ela não começa do lado de fora, ela começa e se termina em nós.

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11 setembro, 2008

TALVEZ...


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Talvez eu venha a envelhecer rápido demais.
Mas lutarei para que cada dia tenha valido a pena.

Talvez eu sofra inúmeras desilusões no decorrer de minha vida.
Mas farei que elas percam a importância diante dos gestos de amor que encontrei.

Talvez eu não tenha forças para realizar todos os meus ideais.
Mas jamais irei me considerar uma derrotada.

Talvez em algum instante eu sofra uma terrível queda.
Mas não ficarei por muito tempo olhando para o chão.

Talvez um dia o sol deixe de brilhar.
Mas então irei me banhar na chuva com a alegria de um dia de sol.
Talvez um dia eu sofra alguma injustiça.
Mas jamais irei assumir o papel de vítima.

Talvez eu tenha que enfrentar alguns inimigos.
Mas terei humildade para aceitar as mãos que se estenderão em minha direção.

Talvez numa dessas noites frias, eu derrame muitas lágrimas.
Mas não terei vergonha por esse gesto.

Talvez eu seja enganada inúmeras vezes.
Mas não deixarei de acreditar que em algum lugar alguém merece a minha confiança.

Talvez com o tempo eu perceba que cometi grandes erros.
Mas não desistirei de continuar trilhando meu caminho.

Talvez com o decorrer dos anos eu perca grandes amizades.
Mas irei aprender que aqueles que realmente são meus verdadeiros amigos nunca estarão perdidos.

Talvez algumas pessoas queiram o meu mal.
Mas irei continuar plantando a semente da fraternidade por onde passar.

Talvez eu fique triste ao concluir que não consigo seguir o ritmo da música.
Mas então, farei que a música siga o compasso dos meus passos.

Talvez eu nunca consiga enxergar um arco-íris.
Mas aprenderei a desenhar um, nem que seja dentro do meu coração.

Talvez hoje eu me sinta fraca.
Mas amanhã irei recomeçar, nem que seja de uma maneira diferente.

Talvez eu não aprenda todas as lições necessárias.
Mas terei a consciência que os verdadeiros ensinamentos já estão gravados em minha alma.

Talvez eu me deprima por não ser capaz de saber a letra daquela música.
Mas ficarei feliz com as outras capacidades que possuo.

Talvez eu não tenha motivos para grandes comemorações.
Mas não deixarei de me alegrar com as pequenas conquistas.

Talvez a vontade de abandonar tudo torne-se a minha companheira.
Mas ao invés de fugir, irei correr atrás do que almejo.

Talvez eu não seja exatamente quem gostaria de ser.
Mas passarei a admirar quem sou.

Porque no final saberei que, mesmo com incontáveis dúvidas, eu sou capaz de construir uma vida melhor.
E se ainda não me convenci disso, é porque como diz aquele ditado: "ainda não chegou o fim".
Porque no final não haverá nenhum "talvez" e sim a certeza de que a minha vida valeu a pena e eu fiz o melhor que podia.

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GUERRA AFETIVA.....


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Aonde quer que eu vá, estampa-se a indignação e o terror das pessoas, em virtude da violência que acua, sangra e mata.
No mundo sempre aconteceram muitas guerras, mas hoje gostaria de refletir sobre uma, em especial.
Uma guerra, não menos horrenda, que se dá bem ao alcance dos nossos olhos, dizimando crianças, adultos, idosos: a da inanição afetiva.
Assusta-me a constatação da economia que temos feito, no que se refere a partilhar o amor. Inquieta-me perceber como ainda não sabemos dar amor, e muitas vezes sequer aprendemos a recebê-lo.
Penso que o amor é um exercício, sim.
Envolve aprendizagens e olhares que se originam, a partir do nosso próprio espelho.
Amar-nos, confere-nos a possibilidade de olhar o outro amorosamente.
Esta guerra da subnutrição afetiva mata silenciosamente.
Sem alardes, sem sangue à mostra, sem carnificinas ou corpos para serem contabilizados.
Uma guerra cuja arma química somos nós que fabricamos, criamos e mantemos. Uma guerra que poderia ser contida e evitada apenas com a ternura de um olhar, de um sorriso, de um abraço ou simplesmente com uma palavra de carinho.
Uma guerra, que para ser debelada, não nos exige quaisquer recursos materiais e/ou financeiros.
É mesmo a falta de amor, que ao final de tudo, é a origem de todas as outras guerras que se espalham pelo mundo.
Bom seria se conseguíssemos também refletir sobre essas pequenas guerras que nos rodeiam e das quais somos artífices silenciosos.


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10 setembro, 2008

A LUA QUE NÃO DEI...


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Compreendo pais - e me encanto com eles - que desejariam dar o mundo de presente aos filhos.
E, no entanto, abomino os que, a cada fim de semana, dão tudo o que os filhos lhes pedem nos shoppings onde exercitam arremedos de paternidade.
E não há paradoxo nisso.
Dar o mundo é sentir-se um pouco como Deus, que é essa a condição de um pai.
Dar futilidades como barganha de amor é, penso eu, renunciar ao sagrado.
Volto a narrar, por me parecer apropriado à croniqueta, o que me aconteceu ao ser pai pela primeira vez.
Lá se vão, pois, 49 anos.
Deslumbrado de paixão, eu olhava o menino no berço, via-o sugando os seios da mãe, esperneando na banheira, dormindo como anjo de carne.
E, então, eu me prometia, prometendo-lhe:
"Dar-lhe-ei o mundo, meu amor."
E não o dei.
E foi o que me salvou do egoísmo, da tola pretensão e da estupidez de confundir valores materiais com morais e espirituais.
Não dei o mundo ào meu filho, mas ele quis a Lua.
E não me esqueço de como ele pediu, a Lua, há anos já tão distantes.
Eu a carregava nos braços, pequenino e apenas balbuciante, andando na calçada de nosso quarteirão, em tempos mais amenos, quando as pessoas conversavam às portas das casas.
Com ele junto ao peito, sentia-me o mais feliz homem do mundo, andando, cantarolando cantigas de ninar em plena calçada.
Pois é a plenitude da felicidade um homem jovem poder carregar um filho como se acariciando as próprias entranhas.
Meu filho era eu e eu era ele.
Um pai é, sim, um pequeno deus, o criador.
E seu filho, a criatura bem amada.
E foi, então, que conheci a impotência e os limites humanos.
Pois 0 filhinh0 - a quem eu prometera o mundo - ergueu os bracinhos para o alto e começou a quase gritar, maravilhado, deslumbrado: "Dá, dá, dá..." .
Ela descobrira a Lua e a queria para si, como ursinho de pelúcia, uma luminosa bola de brincar.
Diante da magia do céu enfeitado de estrelas e de luar, meu filho me pediu a Lua e eu não lhe pude dar.
A certeza de meus limites permitiu, porém, criar um pacto entre pai e filho:
Se ele quisesse o impossível, fosse em busca dele.
Eu lhes dera a vida, asas de voar, diretrizes, crença no amor e, portanto, estímulo aos grandes sonhos.
E o sonho do primogênito começou a acontecer, num simbolismo que, ainda hoje, me amolece o coração.
Pois, ainda adolescente, lá se foi ele embora, querendo estudar no exterior.
Vi-o embarcar, a alma sangrando-me de saudade, a voz profética de Kalil Gibran em sussurros de consolo:
"Vossos filhos não são vossos filhos, mas são os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma".
Eles vêm através de vós, mas não de nós.
E embora vivam convosco, não vos pertencem.
Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.
"Foi o que vivi, quando o avião decolou, minha criança a bordo".
No céu, havia uma Lua enorme, imensa.
A certeza da separação foi dilacerante.
Meu filho fôra buscar a Lua que eu não lhe dera.
E eu precisava conviver com a coerência do que transmitira aos filhos:
"O lar não é o lugar de se ficar, mas para onde voltar."
Que os filhos sejam preparados para irem-se, com a certeza de ter para onde voltar quando o cansaço, a derrota ou o desânimo inevitáveis lhes machucarem a alma.
Ao ver o avião, como num filme de Spielberg, sombrear a Lua, levando-me o filho querido, o salgado das lágrimas se transformou em doçura de conforto com Kalil Gibran: como pai, não dando o mundo nem Lua aos filhos, me senti arqueiro e arco, arremessando a flecha viva em direção ao mistério.
Ora, mesmo sendo avós, temos, sim e ainda, filhos a criar, pois família é uma tribo em construção permanente.
Pais envelhecem, filhos crescem, dão-nos netos e isso é a construção, o centro do mundo onde a obra da criação se renova sem nunca completar-se.
De guerreiros que foram, pais se tornam pajés.
E mães, curandeiras de alma e de corpo.
É quando a tribo se fortalece com conselheiros, sábios que conhecem os mistérios da grande arquitetura familiar, com régua, esquadro, compasso e fio de prumo.
E com palmatória moral para ensinar o óbvio: se o dever premia, o erro cobra. Escrevo, pois, de angústias, acho que angústias de pajé, de índio velho.
A nossa construção está ruindo, pois feita em areia movediça.
É minúsculo o mundo que pais querem dar aos filhos: o dos shoppings.
E não há mais crianças e adolescentes desejando a Lua como brinquedo ou como conquista.
Sem sonhos, os tetos são baixos e o infinito pode ser comprado em lojas.
Sem sonhos, não há necessidade de arqueiros arremessando flechas vivas.
Na construção familiar, temos erguido paredes.
Mas, dentro delas, haverá gente de verdade?

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08 setembro, 2008

JESUS ORANDO POR VOCÊ........


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"O PAI NOSSO PARA VOCÊ"
"MEU FILHO"

Que estás na terra, preocupado,
às vezes solitário,
desorientado.
Eu conheço perfeitamente teu nome,
e o pronuncio santificando-o porque te amo.
Não, não estás só,
mas habitado por Mim !!
Juntos construiremos este Reino,
do qual tu serás herdeiro.
Gosto que faças a minha vontade,
porque minha vontade é que tu sejas feliz !!
Conta sempre comigo
e terás o pão para hoje,
não te preocupes !!
Só te peço que saibas compartilhá-lo com teus irmãos.
Sabes que perdôo todas as tuas ofensas,
antes mesmo que as cometas...
Por isso te peço:
Faças o mesmo com os que te ofendem !!
Para que nunca caias na tentação,
toma forte a minha mão,
e eu te livrarei do mal.
Te amo desde sempre !!

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06 setembro, 2008

AS PRIMEIRAS LIÇÕES.......


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AS PRIMEIRAS LIÇÕES QUE UM MANUAL DE RELIGIÃO DEVERIA CONTER:

1- Diga menos EU e mais NÓS;

2- Delire MENOS nos templos e pratique MAIS;

3- Mais vale VISITAR um doente que cantar um HINO;

4- Que adianta ficar admirando a pregação do padre ou pastor, e depois explorar os empregados, tratar mal os filhos, e hostilizar e fofocar os vizinhos;

5- Presenteie com aquilo que você tem de melhor, e não com aquilo que não lhe serve mais;

6- Se foi criado à imagem e semelhança de Deus, por que virou uma cópia sem qualquer originalidade?

7- A caridade ostensiva para os outros verem não tem o menor valor;

8- Se dar aos pobres, é emprestar a Deus, por que pensa no retorno?

9- Olhe à noite para o céu, e descubra que você só é grande caso se sinta pequeno;

10- Tudo que você fizer de bom não é perdido, nem que ninguém veja, nem reconheça;

11- Tende piedade daqueles que querem lucrar em tudo, nem que seja um centavo;

12- Olhe para os animais e se mire, eles jamais querem mais do que necessitam para viver.

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Problema difícil.........



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Se um problema difícil aparecer, o melhor que você pode fazer é simplesmente afastar-se, pelo menos por alguns minutos.
Isso não quer dizer que você vai ignorá-lo ou tentar fugir da responsabilidade.
Mas é importante notar que olhar por uma perspectiva diferente pode ser muito útil.
Quando um problema difícil aparece, é muito comum que ele consuma seus pensamentos, a não ser que você siga alguns passos, necessários para colocá-lo em perspectiva.
Afinal, quado surge um contratempo, muita gente entra em pânico, faz tempestade em copo d’água, acabando por transformá-lo, em uma dificuldade muito maior do que realmente é.
Da próxima vez que um problema aparecer, simplesmente afaste-se – literalmente.
Vá dar uma caminhada.
Saia do ambiente onde ele ocorreu e lembre-se que existe um mundo inteiro, gigantesco lá fora.
Quando você voltar, o empecilho ainda estará lá, mas a reação inicial de pânico não.
Com o ar fresco e o exercício, você estará melhor preparado para transformar esse obstáculo em uma nova oportunidade.
Buscar amigos de verdade e orar sempre te fará bem.
Com eles encotrará respostas, que te ajudarão nos momentos difíceis, e principalmente com Deus estará amparado..........



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05 setembro, 2008

PERSISTÊNCIA.....


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Persistência? Hummm, depende pra quê!
Acho que a pessoa deve persistir em busca do que é bom para si ou para o planeta (depois de decidir o que é bom para ela ou para o planeta...).
É bom progredir, vencer, se realizar, terminar um projeto, mas... isso não vale para conseguir coisas aparentemente boas mas que são ilusórias.
Não devemos persistir no erro, no sofrimento inútil, nos sonhos destemperados, nas quimeras.
E entre as coisas a não merecerem nossa insistência está ser famoso, melhor que os outros, conseguir colocar os pés na Lua.
Alguns mestres nos alertam para não ficarmos tão preocupados com grandes feitos, e diz:
"É preciso amar o inútil.
Criar pombos sem pensar em comê-los, plantar roseiras sem pensar em colher rosas, escrever sem pensar em publicar, fazer coisas assim, sem esperar nada em troca.
A distância mais curta entre dois pontos pode ser a linha reta, mas é nos caminhos curvos que se encontram as melhores coisas.
A música ...
Este céu que nem promete chuva ...
Aquela estrelinha que está nascendo ali... está vendo aquela estrelinha?
Há milênios não tem feito nada, não guiou os Reis Magos, nem os pastores, nem os marinheiros perdidos...
Não faz nada.
Apenas brilha.
Ninguém repara nela porque é uma estrela inútil.
Pois é preciso amar o inútil porque no inútil está a Beleza.
No inútil também está Deus."
Há um pensamento que diz que nos portos os navios ficam seguros, mas não foi para isso que eles foram feitos.
Creio que precisamos içar as velas e ir para o mar... mas escolhendo antes as rotas, e até alterando-as, mas sempre indo em direção a coisas boas, e modestas.
Não precisamos descobrir a América ou um novo caminho para as Índias.
Basta curtir a viagem.

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DES_APOSENTADO......


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Ele chegou à praça com uma marreta.
Endireitou a estaca de uma muda de árvore e firmou batendo com a marreta. Amarrou a muda na estaca e se afastou como pra olhar uma obra de arte.
Não resisti a puxar conversa:
- O senhor é da Prefeitura?
- Não, sou da Alice, faz quarenta e dois anos.
Minha mulher.
- Ah... O senhor quem plantou essa muda?
- Não, foi a prefeitura.
Uma árvore velha caiu, plantaram essa nova de qualquer jeito, mas eu adubei, botei essa estaca aí.
Olha que beleza, já está toda enfolhada.
De tardezinha eu venho regar.
- Então o senhor gosta de plantas.
- De plantas, de bicho, até de gente eu gosto, filho.
- Obrigado pela parte que me cabe...
Ele sorriu, tirou um tesourão da cinta e começou a podar um arbusto.
- O senhor é aposentado?
- Não, sou desaposentado.
Foi podando e explicando:
- Quando me aposentei, já tinha visto muito colega aposentar e murchar, que nem árvore que você poda e rega com ácido de bateria...
Sabia que tem comerciante que rega árvore com ácido de bateria pra matar, pra árvore não encobrir a fachada da loja?
É... aí fica com a loja torrando no sol!
Picotou os galhos podados, formando um tapete de folhas em redor do arbusto.
- É bom pra terra.. tudo que sai da terra deve voltar pra terra...
Mas então, eu já tinha visto muito colega aposentar e murchar.
Botando bermuda e chinelo e ficando em casa diante da televisão.
Ou indo ao boteco pra beber cerveja, depois dormindo de tarde. Bundando e engordando.
Até que acabaram com derrame ou infarto, de não fazer nada e ainda viver falando de doença.
Cortou umas flores, fez um ramalhete:
- Pra minha menina.
A Alice.
Ela é um ano mais velha que eu, mas fica uma menina quando levo flor.
Ela também é desaposentada.
Ajuda na escola da nossa neta, ensinando a merendeira a fazer doce com pouco açúcar e salgados com os restos dos legumes que antes eram jogados fora.
E ajuda na creche também, no hospital.
Ih... A Alice vive ajudando todo mundo, por isso não precisa de ajuda, nem tem tempo de pensar em doença.
Amarrou o ramalhete com um ramo de grama, depositou com cuidado sobre um banco.
- Pra aguar as mudas eu tenho que trazer o balde com água lá de casa.
Fui à Prefeitura pedir para botarem uma torneira aqui.
Disseram que não, senão o povo ia beber água e deixar vazando.
Falei pra botarem uma torneira com grade e cadeado que eu cuidaria.
Falaram que não. Eu teria que ficar com o cadeado e então ia ser uma torneira pública com controle particular, e não pode.
Sorriu, olhando a praça.
- Aí falei: então posso cuidar da praça, mas não posso cuidar de uma torneira? Perguntaram, veja só, perguntaram se tenho autorização pra cuidar da praça! Nem falei mais nada.
Vim embora antes que me proibissem de cuidar da praça...
Ou antes que me fizessem preencher formulários em três vias com taxa e firma reconhecida, pra fazer o que faço aqui desde quedesaposentei...
Ta vendo aquele pinheiro fêmea ali?
A Alice que plantou.
Só tinha o pinheiro macho. Agora o macho vai polinizar a fêmea e ela vai dar pinhões.
- Eu nem sabia que existe pinheiro macho e pinheiro fêmea.
- Eu também não sabia, filho. Ih... aprendi tanta coisa cuidando desta praça!
Hoje conheço os cantos dos passarinhos, as épocas de floração de cada planta, e vejo a passagem das estações como se fosse um filme!
- Mas ela vai demorar pra dar pinhões, hein?
- falei, olhando a pinheirinha ainda da nossa altura.
Ele respondeu que não tinha pressa.
- Nossa neta é criança e eu já falei pra ela que é ela quem vai colher os pinhões. Sem a prefeitura saber... e a Alice falou que, de cada pinha que ela colher, deve plantar pelo menos um pinhão em algum lugar.
Assim, no fim da vida, ela vai ter plantado um pinheiral espalhado por aí. sem a Prefeitura saber, é claro, senão podem criar um imposto pra quem plantaárvores...
- É admirável ver alguém com tanta idade e tanta esperança!
Ele riu:
- Se é admirável eu não sei, filho, sei que é gostoso.
E agora, com licença, que eu preciso pegar a Alice pra gente caminhar.
Vida de desaposentado é assim:
o dinheiro é curto, mas o dia pode ser comprido, se a gente não perder tempo!

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04 setembro, 2008

TEMOS QUE PLANTAR .....




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"Eu plantei, Apolo regou, mas o crescimento veio de Deus.". Paulo (I Cor, 3:6.)

Nada de personalismo dissolvente na lavoura da alma.
Qual ocorre em qualquer campo terrestre, cultivador algum, na peneira da alma, pode se escolher de tudo, fazer nos domínios da sementeira ou da colheita.
Após o esforço de quem planta, há quem siga o vegetal nascente, quem o auxilie, quem o corrija, quem o proteja.
Pensando, porém, no impositivo da descentralização, no serviço espiritual, muitos companheiros fogem à iniciativa nas construções de ordem moral que nos competem. Dá trabalho estar em dia com as coisas do bem e da alma.
Muitos deles, convidados a compromissos edificantes, nesse ou naquele setor de trabalho, afirmam-se inaptos para a tarefa, como se nunca devêssemos iniciar o aprendizado do aprimoramento íntimo, enquanto que outros asseveram, quase sempre com ironia, que não nasceram para líderes.
Os que assim procedem costumam relegar para DEUS as obrigações no que tange à elevação, progresso, acrisolamento, ou melhoria nas coisa que necessitamos ou que queremos muito, mas as leis do Criador não isentam a criatura do dever de colaborar na edificação do bem e da verdade, em favor de si mesmo.
Vejamos a palavra do Apóstolo Paulo, quando já conhecia os problemas do auto-aperfeiçoamento, em nos referindo à evangelização:
"Eu plantei, Apolo regou, mas o crescimento veio de Deus.".
A necessidade do devotamento individual à causa da verdade transparece, clara, de semelhante conceituação.
Sabemos que a essência de toda atividade, numa lavra agrícola, procede, originariamente, da Providência Divina.
Preparar a terra, cultivar, tratar, e depois esperar que o clima ajude e a chuva aconteça.
De Deus vem a semente, o solo, o clima, a seiva e a orientação para o desenvolvimento da árvore, como também a orientação de Deus a inteligência, a saúde, a coragem e o discernimento do cultivador, mas somos obrigados a reconhecer que alguém deve plantar, tem que cuidar, tem que preserverar, tem que amar, e não esperar que Deus faça sempre a parte que nos compete.

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A IMPORTÂNCIA DO PERDÃO .....


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O pequeno Zeca entra em casa, após a aula, batendo forte os seus pés no assoalho da casa.
Seu pai, que estava indo para o quintal para fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo chama o menino para uma conversa.
Zeca, de oito anos de idade, o acompanha desconfiado.
Antes que seu pai dissesse alguma coisa, fala irritado:
- Pai, estou com muita raiva.
O Juca não deveria ter aprontado comigo.
Desejo tudo de ruim para ele.
Seu pai, um homem simples mas cheio de sabedoria, escuta calmamente o filho que continua a reclamar:
- O Juca me humilhou na frente dos meus amigos.
Não aceito.
Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir à escola.
O pai escuta tudo calado enquanto caminha até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão.
Levou o saco até o fundo do quintal e o menino o acompanhou, calado.
Zeca vê o saco ser aberto e antes mesmo que ele pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe propõe algo:
- Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu amiguinho Juca e cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu endereçado a ele.
Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou.
O menino achou que seria uma brincadeira divertida e pôs as mãos à obra.
O varal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços acertavam o alvo.
Uma hora se passou e o menino terminou a tarefa.
O pai que espiava tudo de longe, se aproxima do menino e lhe pergunta:
- Filho, como está se sentindo agora?
- Estou cansado mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa.
O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhoso lhe fala:
- Venha comigo até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa.
O filho acompanha o pai até o quarto e é colocado na frente de um grande espelho onde pode ver seu corpo todo.
Que susto!
Só se conseguia enxergar seus dentes e os olhinhos.
O pai então, lhe diz ternamente:
- Filho, você viu que a camisa quase não se sujou; mas, olhe só para você.
O mau que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu.
Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com os nossos pensamentos, a borra, os resíduos, a fuligem fica sempre em nós mesmos.

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01 setembro, 2008

A PEDAGOGIA DE JESUS....


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A preocupação em mostrar o nosso valor, às vezes, pode ser tão desmedida e tão bem simulada aos nossos próprios olhos que só um acontecimento muito forte, causando-nos um grande transtorno, pode nos despertar para a realidade do nosso orgulho.
Quantas vezes nos julgamos superiores, donos da verdade e condenamos o procedimento dos outros, até que também nós caímos em tentação.
Vemos, então, que erros, falhas, acontecem.
Somos mortais e passíveis de falhas.
Jesus, na sua pedagogia misericordiosa, sabe transformar as nossas quedas em proveitosas lições.
Para curar Pedro da sua suposta superioridade, Jesus permitiu que ele o negasse três vezes.
Atitude que o fez chorar profundamente de arrependimento.
É assim a pedagogia de Jesus.
Trabalha em nós para que possamos enxergar e sanar as nossas falhas.
Jesus não quebra o caniço fendido, nem apaga a mecha que ainda fumega;
Ao contrário, procura reacender uma última centelha de dignidade, por mais que nos encontremos encobertos pelas cinzas da miséria moral.
‘’Vai, e não peques mais.’’. (Jo 8,11)
Não podemos esconder os talentos recebidos, ignorar e enterrar as nossas possibilidades.
‘’Vós sois a luz do mundo.’’ (Mt 5,14).
É algo muito belo e grandioso! O que se segue daí?
Vaidade?
Não.
‘’Brilha a vossa luz diante dos homens para que eles vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus.’’. (Mt 5,16)
Jesus nos diz a cada hora o que disse ao fariseu:
- ‘’Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens, a fim de serem vistos.’’. (Mt 6,1)
Não nos vangloriemos do bem que fazemos.
Pensemos sempre no bem que ainda podemos fazer.
Não toquemos as trombetas, mas deixemos e permitamos sempre que as nossas boas sementes se espalhem, para que a pedagogia de Jesus aja cada dia mais em nossa vida, trazendo-nos forças para a renúncia, a aceitação e a superação de tudo quanto nos possa trazer orgulho ou superioridade.

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