14 setembro, 2009

SERENIDADE SEMPRE..


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Todo homem sábio é sereno.
A serenidade é conquista que se consegue a esforço pessoal e passo a passo.
Pequenos desafios que são superados; irritação que se faz controlada;
desafios emocionais corrigidos; vontade bem direcionada; ambição freada, são experiências para a aquisição da serenidade.
Um Espírito sereno, já se encontrou consigo próprio, sabendo o que exatamente deseja da vida.
A serenidade harmoniza, exteriorizando-se de forma agradável para os circunstantes.
Inspira confiança, acalma e propõe afeição.
O homem sereno já venceu grande parte da luta.
Que nenhuma agressão exterior te perturbe, levando-te à irritação, ao desequilíbrio.
Mantém-te sereno em todas as realizações.
A tua paz é moeda arduamente conquistada, que não deves atirar fora por motivos irrelevantes.
Os tesouros reais, de alto valor, são aqueles de ordem íntima, que ninguém toma, jamais se perdem e sempre seguem com a pessoa.
Tua serenidade, tua gema preciosa.
Diante de quem te enganou, traindo a tua confiança, o teu ideal, ou envolvendo-te em malquerença, mantém-te sereno.
O enganador é quem deve estar inquieto, e não a sua vítima.
Nunca te permitas demonstrar que foste atingido pelo petardo da maldade alheia.
No teu círculo familiar ou social sempre defrontarás com pessoas perturbadoras, confusas e agressivas.
Não te desgastes com elas, competindo nas faixas de desequilíbrio em que se fixam.
Constituem teste à tua paciência e serenidade.
Assim exercita-te com essas situações para, mais seguro, enfrentares os grandes testemunhos e provações do processo evolutivo, sempre, porém, com serenidade.

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A OPÇÃO IDEAL..


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Narra uma lenda que um príncipe poderoso caiu em mãos inimigas que decidiram tirar-lhe a vida, condenando-o à forca.
Dada sua linhagem nobre, o rei dos inimigos lhe propôs um acordo.
Se ele conseguisse decifrar um certo enigma, sua vida seria poupada.
Para isso, concedeu-lhe a liberdade de procurar a resposta por três dias.
Com a pergunta lhe fervendo na cabeça, o príncipe começou a buscar entre os habitantes do lugar, quem o pudesse ajudar a encontrar a solução.
A pergunta era: o que mais deseja uma mulher?
Ao final do terceiro dia, já desanimado e antevendo sua morte na forca, o príncipe encontrou uma mulher muito feia.
Na boca, somente dois dentes.
Os cabelos desgrenhados.
As vestes sujas.
Era chamada por todos, pelo seu aspecto horrível, bruxa.
Ela disse que tinha a resposta.
Mas exigia que, tendo salva a vida, ele voltasse e casasse com ela.
Não desejando morrer, ele consentiu e ela lhe disse: o que mais deseja uma mulher é ter soberania sobre a sua vida.
Com a resposta, o príncipe teve poupada a sua vida e voltou para casar com a bruxa.
Não queria, mas tinha prometido.
Triste destino o meu, pensava.
Casar com uma bruxa.
Entristecido, na noite de núpcias, sentou-se na cama aguardando a noiva de horrível aspecto.
Qual não foi sua surpresa quando ela se apresentou belíssima, num vestido branco, com cabelos louros, olhos azuis brilhantes e um sorriso perfeito.
Como pode? - perguntou o príncipe.
Esqueci de lhe falar que, durante o dia, eu sou bruxa e à noite viro uma linda mulher.
Agora, você pode escolher: quer que eu seja bruxa de dia ou de noite?
Ele olhou para aquela figura maravilhosa e disse: deixo à sua escolha.
A noite foi extraordinária.
No dia seguinte, ao raiar do sol, o príncipe abriu os olhos e surpreso, viu deitada ao seu lado, a jovem maravilhosa da noite anterior.
Como? - perguntou ele.
Você não disse que durante o dia virava bruxa?
Meu amor, falou ela, como você deixou que eu decidisse sobre o que quisesse ser e quando quisesse, eu decidi ser donzela de dia e de noite.
Lembra que eu lhe falei que o que mais deseja uma mulher é a soberania sobre a sua vida?
No mundo existem pessoas assim.
Fora do lar, no contato com as pessoas são excelentes, gentis, atenciosas, ponderadas.
Basta que adentrem o lar para se tornarem déspotas.
Gritam, exigem, magoam.
Acreditam que o seu lar é seu reino e ali tudo podem fazer, sem limites.
Também existem as criaturas que no campo profissional, no trato social são ríspidas, grosseiras, exigentes em demasia.
E, no entanto, com a esposa, os filhos, são dóceis, educados, prestativos.
O que ser, como ser e quando ser é decisão individual.
Mas quando optarmos por sermos bons o dia todo, em todo lugar, com todas as pessoas, o mundo se tornará um lugar muito melhor para viver, amar e ser feliz.


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VOCÊ SABE OU VOCÊ SENTE?


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Você já reparou o quanto as pessoas falam dos outros?
Falam de tudo.
Da moral, do comportamento, dos sentimentos, das reações, dos medos, das imperfeições, dos erros, das criancices, ranzinzices, chatices, mesmices, grandezas, feitos, espantos.
Sobretudo falam do comportamento.
E falam porque supõem saber.
Mas não sabem.
Porque jamais foram capazes de sentir como o outro sente.
Se sentissem não falariam.
Só pode falar da dor de perder um filho, um pai que já perdeu, ou a mãe já ferida por tal amputação de vida.
Dou esse exemplo extremo porque ele ilustra melhor.
As pessoas falam da reação das outras e do comportamento delas quase sempre sem jamais terem sentido o que elas sentiram.
Mas sentir o que o outro sente não significa sentir por ele.
Isso é masoquismo.
Significa perceber o que ele sente e ser suficientemente forte para ajudá-lo exatamente pela capacidade de não se contaminar com o que o machucou.
Se nos deixarmos contaminar (fecundar?) pelo sentimento que o outro está sentindo, como teremos forças para ajudá-lo?
Só quem já foi capaz de sentir os muitos sentimentos do mundo é capaz de saber algo sobre as outras pessoas e aceitá-las com tolerância.
Sentir os muitos sentimentos do mundo não é ser uma caixa de sofrimentos.
Isso é ser infeliz.
Sentir os muitos sentimentos do mundo é abrir-se a qualquer forma de sentimento.
É analisá-los interiormente, deixar todos os sentimentos de que somos dotados fluir sem barreiras, sem medos, os maus, os bons, os pérfidos, os sórdidos, os baixos, os elevados, os mais puros, os melhores, os santos.
Só quem deixou fluir sem barreiras, medos e defesas todos os próprios sentimentos, pode sabê-los, de senti-los no próximo.
Espere florescer a árvore do próprio sentimento.
Vivendo, aceitando as podas da realidade e se possível fecundando.
A verdade é que só sabemos o que já sentimos.
Podemos intuir, perceber, atinar; pode até conhecer, mas saber jamais.
Só se sabe aquilo que já se sentiu.


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