13 janeiro, 2011

A Alegria na Tristeza.....

=====================================================
A gente pode entristecer-se por vários motivos ou por nenhum motivo aparente, a tristeza pode ser por nós mesmos ou pelas dores do mundo, pode advir de uma palavra ou de um gesto, mas que ela sempre aparece e devemos nos aprontar para recebê-la, porque existe uma alegria inesperada na tristeza, que vem do fato de ainda conseguirmos senti-la.

Pode parecer confuso mas é um alento. Olhe para o lado: estamos vivendo numa era em que pessoas matam em briga de trânsito, matam por um boné, matam para se divertir.
Além disso, as pessoas estão sem dinheiro.
Quem tem emprego, segura.
Quem não tem, procura.
Os que possuem um amor desconfiam até da própria sombra, já que há muita oferta de sexo no mercado.
E a gente corre pra caramba, é escravo do relógio, não consegue mais ficar deitado numa rede, lendo um livro, ouvindo música.
Há tanta coisa pra fazer que resta pouco tempo pra sentir.

Por isso, qualquer sentimento é bem-vindo, mesmo que não seja uma euforia, um gozo, um entusiasmo, mesmo que seja uma melancolia.
Sentir é um verbo que se conjuga para dentro, ao contrário do fazer, que é conjugado pra fora.

Sentir alimenta, sentir ensina, sentir aquieta.
Fazer é muito barulhento.

Sentir é um retiro, fazer é uma festa.
O sentir não pode ser escutado, apenas auscultado.
Sentir e fazer, ambos são necessários, mas só o fazer rende grana, contatos, diplomas, convites, aquisições.
Até parece que sentir não serve para subir na vida.

Uma pessoa triste é evitada.
Não cabe no mundo da propaganda dos cremes dentais, dos pagodes, dos carnavais.
Tristeza parece praga, lepra, doença contagiosa, um estacionamento proibido.
Ok, tristeza não faz realmente bem pra saúde, mas a introspecção é um recuo providencial, pois é quando silenciamos que melhor conversamos com nossos botões.
E dessa conversa sai luz, lições, sinais, e a tristeza acaba saindo também, dando espaço para uma alegria nova e revitalizada.

Triste é não sentir nada.
Triste é não ter amor pra dar, não ter fraternidade, carinho, afeto, e tudo que é realcionado com dar-se sem querer o retorno, em prol de se fazer feliz e se sentir feliz com a felicidade de todos.....
Seja feliz.....
Viva a vida...
=====================================================

11 janeiro, 2011

TUDO BEM NO ANO QUE VEM......

=======================================================
Quase todas as pessoas já se renderam à tentação de, no começo de cada ano, refletir sobre a necessidade de as pessoas fazerem novos projectos e tomarem novas decisões para a próxima temporada – e, claro, também propor que seja feito um balanço do que foi ou não foi realizado no período passado, apesar de este também ter sido iniciado com um rol de promessas bem intencionadas.
Eu não sou excepção e, no passado, através de várias tenativas, fiz coro com muita gente boa: "Ano novo, vida nova!"

No entanto, decorridos tantos novos anos, fez-se luz e aprendi uma valiosa lição que me fez mudar o tom dessas minhas reflexões de início e fim de ano: não há porque elaborar uma bem intencionada lista de novas condutas e planos para vigorar a partir de 1 de Janeiro.
Sem essa frase “ano novo, vida nova”. Chega de “a partir do primeiro dia do novo ano, tudo vai ser diferente”.
Porque isso é o que basta para serem prorrogados todos os prazos das tradicionais promessas de iniciar dietas e ginástica, controlar a gula, diminuir o cigarrinho/uísquinho/cervejinha/chocolate, fazer aquela cirurgia, mudar de emprego, (des)casar, voltar à faculdade – sabe-se lá mais o quê.
Por uma razão muito simples e de uma obviedade encantadora: todos os dias são dias de vida nova, de novas ações e tomada de decisões, seja 17 de Março, 14 de Julho, 12 de Outubro – seja amanhã, hoje ou exatamente agora!
Para algumas pessoas, deixar para começar qualquer projeto ou adotar novos padrões de conduta no próximo ano, a partir de segunda-feira, “um dia destes” ou simplesmente “depois” acaba por ser uma maneira cômoda e fácil de adiar a necessidade de reconhecer e assumir uma mudança na vida – seja na esfera pessoal ou profissional.
Sabe-se que há duas coisas na vida cotidiana que têm o igual poder de inquietar e atemorizar a maioria das pessoas: "mudanças e tomada de decisão".
São coisas em geral tão difíceis de lidar que há uma montanha de cursos, seminários, livros e palestras continuamente disponíveis no mercado sobre esses dois assuntos.
E para complicar a situação, essa dupla terrível anda quase sempre junta. Uma vem logo antes ou logo depois da outra – quando não aparecem ao mesmo tempo.
Pense um pouco e veja se isso não é verdade.
Pois bem, essa história de “Ano novo, vida nova” tem um pouco de ambas. Quando dizemos “vida nova”, estão claras as implicações no que se refere às mudanças.
De acordo com o entendimento geral desta expressão, “vida nova” implica modificar os seus padrões de comportamento habituais, as suas expectativas – e às vezes até a sua filosofia de vida. E isso não é exatamente fácil.
Acontece que qualquer mudança que se pretenda adotar, seja em que contexto for, implicará quase sempre a tomada de várias decisões – como, por exemplo, romper com relações, hábitos, estruturas, contratos e tradições – pessoais ou profissionais.
O que também não costuma ser nada fácil.
Promover mudanças e tomar decisões não são coisas fáceis de fazer, repito, e por isso mesmo são tão valorizadas e admiradas as pessoas que sabem fazê-las com acerto, adequação, firmeza e coerência.
Agora voltemos ao “x” da questão motivadora desta reflexão e que vai contra essa história de “ano novo, vida nova”: as dificuldades inerentes às mudanças e tomadas de decisão não serão maiores nem menores, nem menos fáceis ou difíceis, em determinados dias do ano.
Tanto faz ser o começo, o meio ou o fim dos 365 dias.
O que conta mesmo é a energia interior ou qualquer outra expressão que se dê à palavra “determinação” – e ela está no interior de cada um de nós. Pode até ser de forma latente, mas está lá.
Cabe a cada indivíduo usar adequadamente essa energia para tomar as decisões e promover as mudanças que julgar necessárias para a sua evolução pessoal e profissional e a sua felicidade em geral.
Enfim, ao longo dos tempos, continuemos a abrir champanhes, a cantar e dançar na mudança dos anos, sob a luz e o rebentar dos fogos de artifício – em casa, na avenida, no clube ou na praia. Mas que o pretexto desse momento seja a oportunidade da festa, da alegria e da confraternização com amigos e familiares – mas nunca como sinal de largada para mudanças e decisões que definitivamente não dependem do calendário.



=====================================================

07 janeiro, 2011

Ninguém é de ninguém. Mas você é de você mesmo!.....

======================================================
Essa idéia de que a gente tem uma alma gêmea a ser encontrada, uma pessoa que vai nos completar e nos tornar inteiros faz sentido, é quase verdade!
No entanto, sinto que existem alguns detalhes a serem esclarecidos sobre esse assunto...

Muitas pessoas passam a vida acreditando que enquanto não encontrarem essa tal metade, não podem ser inteiramente felizes, completamente realizadas ou que sua existência jamais fará pleno sentido.


Isso não é exatamente uma verdade.
O fato é que amar é um privilégio e uma oportunidade maravilhosa de nos tornarmos pessoas mais evoluídas e satisfeitas.
Mas somos seres absolutamente completos.
Nascemos dotados de todas as ferramentas que precisamos para sermos felizes, independentemente de com quem estamos, onde e quando estamos...


A felicidade é uma escolha pessoal, um dom que desabrocha de dentro de cada um, um exercício diário, uma busca que se faz só.

Viemos ao mundo para uma missão que só pode ser realizada por nós mesmos e por isso nascemos únicos, singulares e individuais.


As pessoas com quem nos relacionamos, as que escolhemos para amar são nossas companheiras de jornada, são presentes e facilitadores que Deus nos enviou para tornar nossa caminhada mais leve e prazerosa.
Mas não são, nunca, de forma alguma, a nossa felicidade, a nossa realização, a essência de nossa vida.


Percebo que, muitas vezes, entorpecidos por um sentimento genuíno de amor, confundimos o que somos com o que o outro é. Atribuímos a nossa felicidade e a nossa razão de existir ao outro e perdemos a referência de nosso real valor.

Assim, passamos a acreditar que sem o outro não poderíamos nos sentir tão bem, que sem o outro toda a beleza e toda a alegria estariam perdidas, como se tudo de bom (e de ruim também) não existisse – antes de em qualquer outro lugar – dentro de nós mesmos!


É isso: tudo o que somos, sentimos e vemos, tudo o que entendemos como mundo é reflexo do que temos dentro da gente. Assim, se somos felizes ao lado de alguém que amamos é porque nos tornamos capazes de sentir felicidade e de amar.
E se somos tristes e insatisfeitos, também é porque estamos exercendo nossa capacidade de sentir tristeza e de não nos satisfazermos com o que temos.

Dessa forma, creio que está mais do que na hora de compreendermos que podemos, sim, nos tornar melhores através do amor que trocamos com alguém, mas que não é o outro que nos faz melhores e sim nós mesmos que nos permitimos crescer e ser melhor.

Ninguém é de ninguém porque não somos coisas.
Somos pessoas e pessoas são eternamente ímpares.
É o que cultivamos e alimentamos em nós que nos faz ser como somos.
A única pessoa que temos e por quem realmente somos responsáveis é a gente mesmo.

Portanto, sugiro que você comece a se apropriar de sua felicidade como mérito seu, assim como de suas tristezas e insatisfações.
E a partir de então, poderá abrir mão das pessoas, desapegar-se, compreender que o amor que você sente por alguém não torna esse alguém seu, mas apenas uma companheira de aprendizagem e de importantes descobertas.

E na mesma medida, poderá exercer todos os seus dons e suas capacidades a fim de tornar a sua vida e a das pessoas que caminharem ao seu lado pela longa estrada da vida muito melhor, mais inteiro e, sem dúvida, mais verdadeiro!

======================================================

Procura-se beijos que satisfaçam!.....

=====================================================
A impressão que tenho é de que estamos todos tentando satisfazer um mesmo desejo, porém de maneira tão individualista e ansiosa que percebemos a noção do que realmente importa. 
Assim, a carência afetiva tem se transformado numa verdadeira epidemia.
Vivemos num mundo onde tudo o que fazemos nos induz a ter cada vez mais.
Um celular novo, um sapato de outra cor, uma jaqueta diferente, uma viagem em suaves prestações...
E enquanto isso, nos sentimos cada vez mais vazios.
Nossa voz interna faz um eco que chega a doer; e tudo o que poderia nos fazer sentir melhores seria apenas um pouco de carinho.
A carência é tão grande, a sensação de solidão é tão forte que nos dispomos a pagar por companhia, por uma remota possibilidade de conseguir um pouco de carinho.
Talvez você argumente: de forma alguma, eu nunca saí com uma garota ou um garoto de programa; jamais pagaria para ter carinho!.
Pois é, mas não é de dinheiro que estou falando.
Estou falando das escolhas que fazemos, indiscriminadamente, em busca de afeto; das relações sexuais fáceis e fugazes, da liberação desenfreada de intimidade, da cama que chega às relações muito antes de uma apresentação de corações... Expomos nossos corpos, mas escondemos nossos sentimentos de qualquer maneira!!!
Ou, ao contrário de tudo isso, estou falando da amargura e do mau-humor que toma conta daqueles que não fazem nada disso, que se fecham feito ostras, criticando e maldizendo quem se entrega, quem transa, quem sai em busca de afeto a qualquer preço...
Enfim, os extremos demonstram exatamente o quanto pagamos. De uma forma ou de outra, estamos pagando pelo carinho que não damos e pelo carinho que, muitas vezes, não nos permitimos receber.
Ou seja, se sexo realmente fosse tão bom, poderoso e suficiente quanto prometem as revistas femininas, as cenas equivocadamente exageradas das novelas ou os sites eróticos, estaríamos satisfeitos, não é?
Mas não estamos, definitivamente não estamos!
Sabe por que?
Porque falta conteúdo nestas atitudes, nestes encontros.
Não se trata de julgamento de valor nem de pudor hipócrita. Não se trata de contar quantas vezes já esteve com alguém para saber se já pode transar sem ser chamada de ‘fácil’...
Trata-se de disponibilidade para dar e receber afeto de verdade, sem contabilizar, sem morrer de medo de parecer tolo; sem ser, de fato, pegajoso ou insensível... apenas encontrar a sua medida, o seu verdadeiro desejo de compartilhar o seu melhor!
Muito mais do que orgasmos múltiplos, precisamos urgentemente de um abraço que encosta coração com coração, de um simples deslizar de mãos em nosso rosto, de um encontro de corpos que desejam, sobretudo, fazer o outro se sentir querido, vivo.
Tocar o outro é acordar as suas células, é revivescer seus poros, é oferecer um alento, uma esperança, um pouco de humanidade, tão escassa em nossas relações.
Talvez você pense: mas eu não tenho ninguém que esteja disposto a fazer isso comigo, a me dar este presente.
Pois é. Esta é a matemática mais enganosa e catastrófica sob a qual temos vivido.
Quem disse que você precisa ficar à espera de alguém que faça isso por você?!?
Não! Você não precisa, acredite!
De pessoas à espera de soluções o mundo está farto!
Precisamos daqueles que estão dispostos a serem a solução!
Portanto, se você quer vivenciar o amor, torne-se o próprio amor, o próprio carinho, a própria carícia.
Torne-se a diferença na vida daqueles com quem você se relaciona, para quem você se disponibiliza.
A partir de hoje, ao invés de sair por aí dizendo que vai beijar muuuuito, concentre-se na sua capacidade de dar afeto e surpreenda-se com o resultado.
Beije sim, sem se preocupar se é muito ou pouco.
Beijar é bom, muito bom, sem dúvida; mas empenhe-se antes em trocar afeto, em se relacionar exercitando o respeito pelo outro, o respeito por si mesmo... e estou certo de que os encontros valerão muito mais a pena!

======================================================

Matamos o tempo...

===================================================
"Matamos o tempo, mas é ele que nos enterra"

O que você tem feito do seu tempo de vida?


Será que ele não tem escorrido pelos seus dedos pelo desperdício das reclamações fúteis, pelos gastos excessivos com o supérfluo?
Será que você tem tempo para as coisas que realmente importam?
Você tem tempo pra você?
Não deixe os minutos se amontoarem porque eles viram horas e horas somam-se, e formam um dia, e dias se multiplicam, e acabam virando anos, e quando você vê, Dezembro chegou, e mais um ano terminou.
Pare de "matar" o tempo com bobagens.
Com gente que não vale um pensamento sequer...
Descubra o que realmente te faz feliz e lute para "conquistar tempo" para viver.
Viver com conforto não significa luxo, nem vida abastada.
Basta paz interior.
Quem segue com paz, conquista.
Quem conquista se alegra, e quem se alegra, modifica situações,
transforma o mundo com um sorriso.
E o tempo responde com mais dias de vida, e vida com abundância.
Valorize o tempo, cada minuto é direito seu, use-o com sabedoria, e dê tempo ao tempo para sarar as feridas e construir novos projetos na sua vida.
Hoje é o primeiro dia do resto de nossas vidas....


“Aproveite e viva”.

======================================================

Às favas com o amor! Eu quero é ser feliz...

======================================================
Pois é... a sensação que tenho tido, nos últimos tempos, é de que essa busca pelo grande amor, pelo par ideal, pelo príncipe encantado, pela felicidade infinita – que deveria ter se configurado como um caminho edificante e enobrecedor – tem servido bem mais para transformar a vida de um grande número de pessoas numa insanidade absurda.



Basta repararmos um pouco mais atentamente na enorme confusão que tem sido tantas relações (com suas intermináveis tentativas de nomenclaturas) e terminaremos por concluir que nisso tudo tem algo que precisa ser urgentemente revisto, reavaliado e reconduzido.


Se estudarmos um pouco mais profundamente a história da humanidade, não demoraremos a descobrir que o comportamento entre homens e mulheres, incluindo o desejo sexual e suas mais diversas manifestações, passou por algumas transformações significativas antes de chegar neste cenário que vivemos atualmente.


Se no começo tudo era uma questão de sobrevivência e perpetuação da espécie, não faz muito tempo nasceu o desejo pelo conforto, pela fartura, pelo bem-estar.
Eis também o nascimento do amor romântico e dessa tão visceral busca pela felicidade, que ganhava – a partir de então – um sentido bem mais amplo e refinado do que tinha até então.


Daí para alcançarmos este ritmo alucinante de mudanças, não demorou quase nada.
Bem menos de um século apenas.
E neste momento vivemos como que em meio a um furacão, recheado de dúvidas, incertezas, inseguranças, expectativas e perspectivas cujas bases estão trincadas, em plena reforma...


E a pergunta se repete, incessantemente: por que tem sido tão difícil viver esse tal grande amor?
Por que embora esse pareça ser o maior desejo da grande maioria, o que reina são os desencontros?


Talvez você também já tenha vivido contradições profundas como essas.
Talvez já tenha acreditado piamente que tudo o que mais desejava era amar e ser amado e, diante desta possibilidade, não soube o que fazer, ou fez tudo errado...


Talvez já tenha dito para si mesmo, incontáveis vezes, que prefere ficar só, desfrutar de sua liberdade, preservar seu espaço e sua individualidade e, cara a cara com seu espelho, sentiu medo da solidão ou o peso quase insuportável da falta de um abraço...


E nesses momentos, convencido (?) pela atual corrente de pensamento que afirma que tudo só depende de você, o conflito interno é praticamente inevitável: o que eu realmente quero?
Se depende só de mim, por que será que as pessoas influenciam tão diretamente no modo como me sinto?
E se a responsabilidade pelo que me acontece é somente minha, por que nem sempre alcanço os resultados para os quais tanto me dediquei?


Não sei... mas diante de todos esses pontos de interrogação, tendo a concluir que este é um momento da história das relações de completa metamorfose.
O que era antes não é mais.
O que será ainda não sabemos.
Agora, somos homens e mulheres repensando seus papéis, seus desejos, seus lugares dentro dos encontros amorosos, da família e da vida em geral.


O problema, então, talvez seja o apego e o anseio por uma idéia de grande amor que é incompatível com a realidade atual.
Um grande amor que não seja castrador e submisso como o que viveram nossos avós, mas que também não seja tão livre e descomprometido como este que temos experimentado nas últimas décadas.
De preferência, que seja intenso, romântico, perfeito, cheio de encanto e paixão, como descrevem os poetas e compositores ou mostram os filmes das telas dos cinemas...
Daqueles que chegam e nos arrebatam de uma vidinha que não temos suportado carregar sozinhos (porque é exatamente assim que tenho visto muita gente esperar por um grande amor). Ah! E que seja para sempre, claro!


Não percebemos que essa busca não é coerente com as atitudes que temos tido ou com o modo de vida que temos adotado.
As engrenagens externas estão totalmente desencaixadas das internas.
Os ritmos estão desencontrados.
O que se deseja comprar não é o que está à venda e ainda assim pagamos o preço para ter o que está nas prateleiras.
Estamos perdidos entre sentir, querer, fazer, parecer e, enfim, ser!


Tudo bem... acho até que não daria pra ser muito diferente disso, já que a fase é de profundas mudanças, mas aposto que o caminho poderia ser bem mais suave e prazeroso se parássemos de acreditar que o grande-amor-dos-contos-de-fadas é a solução na qual devemos investir toda a nossa existência.


A insanidade (que é o que mando às favas, na verdade) fica por conta dessa insistência em acreditarmos que amor é um ‘estado civil’ qualquer que devemos atingir e, uma vez nele, a felicidade é certa.
Não é!
Felicidade é aquela que temos a oferecer e não aquela pela qual temos esperado.
E é também bem mais incerta, imperfeita e inconstante do que temos imaginado. Simplesmente porque somos gente e gente é assim: incerta, imperfeita e inconstante.


E quando, finalmente, aceitarmos esse fato, creio que teremos começado a compreender o que é o amor...

======================================================