10 novembro, 2012

O importante não é ser perfeita, mas ser feliz.
















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Eu não sirvo de exemplo para nada, mas se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes.
Sou a Miss Imperfeita, muito prazer.
A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado,  decido o cardápio
das refeições, cuido dos filhos, marido, telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação! 
E, entre uma coisa e outra, leio livros. 
Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic. 
Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres. 
Primeiro: a dizer NÃO. 
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO.

Culpa por nada, aliás. 
Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero.

Pois inclua na sua lista a Culpa Zero. 
Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros. 
Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa:

tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante
as madrugadas e mamasse direitinho. 
Você não é Nossa Senhora. 
Você é, humildemente, uma mulher. 
E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante.

Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável.
É ter tempo. 
Tempo para fazer nada. 
Tempo para fazer tudo. 
Tempo para dançar sozinha na sala. 
Tempo para bisbilhotar uma loja de discos. 
Tempo para sumir dois dias com seu amor. 
Três dias. 
Cinco dias! 
Tempo para uma massagem. 
Tempo para ver a novela.

Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza. 
Tempo para fazer um trabalho voluntário. 
Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto. 
Tempo para conhecer outras pessoas. 
Voltar a estudar. 
Para engravidar. 
Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado. 
Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser

perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir. 
Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal. 
Existir, a que será que se destina? 
Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra. 
A mulher moderna anda muito antiga.

Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada.
Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.. 
Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.

Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo! 
Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente. 

Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre
para ir e vir.
Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana
para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela. 
Desacelerar tem um custo.

Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado
pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C. 
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores. 
E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante.

30 outubro, 2012

A Complicada Arte de Ver....












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Ela entrou, deitou-se no divã e disse: "Acho que estou ficando louca". Eu fiquei em silêncio aguardando que ela me revelasse os sinais da sua loucura. "Um dos meus prazeres é cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões _é uma alegria! Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto. Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de catedral gótica. De repente, a cebola, de objeto a ser comido, se transformou em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões... Agora, tudo o que vejo me causa espanto."
Ela se calou, esperando o meu diagnóstico. Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as "Odes Elementales", de Pablo Neruda. Procurei a "Ode à Cebola" e lhe disse: "Essa perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas. Veja o que Neruda disse de uma cebola igual àquela que lhe causou assombro: 'Rosa de água com escamas de cristal'. Não, você não está louca. Você ganhou olhos de poeta... Os poetas ensinam a ver".
Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física óptica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à física.
William Blake sabia disso e afirmou: "A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê". Sei disso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ipê que florescia à frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo. Adélia Prado disse: "Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra". Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema.
Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem. "Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. Não basta abrir a janela para ver os campos e os rios", escreveu Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa. O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido. Nietzsche sabia disso e afirmou que a primeira tarefa da educação é ensinar a ver. O zen-budismo concorda, e toda a sua espiritualidade é uma busca da experiência chamada "satori", a abertura do "terceiro olho". Não sei se Cummings se inspirava no zen-budismo, mas o fato é que escreveu: "Agora os ouvidos dos meus ouvidos acordaram e agora os olhos dos meus olhos se abriram".
Há um poema no Novo Testamento que relata a caminhada de dois discípulos na companhia de Jesus ressuscitado. Mas eles não o reconheciam. Reconheceram-no subitamente: ao partir do pão, "seus olhos se abriram". Vinícius de Moraes adota o mesmo mote em "Operário em Construção": "De forma que, certo dia, à mesa ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção, ao constatar assombrado que tudo naquela mesa - garrafa, prato, facão - era ele quem fazia. Ele, um humilde operário, um operário em construção".
A diferença se encontra no lugar onde os olhos são guardados. Se os olhos estão na caixa de ferramentas, eles são apenas ferramentas que usamos por sua função prática. Com eles vemos objetos, sinais luminosos, nomes de ruas  - e ajustamos a nossa ação. O ver se subordina ao fazer. Isso é necessário. Mas é muito pobre. Os olhos não gozam... Mas, quando os olhos estão na caixa dos brinquedos, eles se transformam em órgãos de prazer: brincam com o que vêem, olham pelo prazer de olhar, querem fazer amor com o mundo.
Os olhos que moram na caixa de ferramentas são os olhos dos adultos. Os olhos que moram na caixa dos brinquedos, das crianças. Para ter olhos brincalhões, é preciso ter as crianças por nossas mestras. Alberto Caeiro disse haver aprendido a arte de ver com um menininho, Jesus Cristo fugido do céu, tornado outra vez criança, eternamente: "A mim, ensinou-me tudo. Ensinou-me a olhar para as coisas. Aponta-me todas as coisas que há nas flores. Mostra-me como as pedras são engraçadas quando a gente as têm na mão e olha devagar para elas".
Por isso - porque eu acho que a primeira função da educação é ensinar a ver - eu gostaria de sugerir que se criasse um novo tipo de professor, um professor que nada teria a ensinar, mas que se dedicaria a apontar os assombros que crescem nos desvãos da banalidade cotidiana. Como o Jesus menino do poema de Caeiro. Sua missão seria partejar "olhos vagabundos"...



12 julho, 2012

PREPARO E DESPREPARO..... JOVENS DE HOJE....


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Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. 
Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. 
Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. 
Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. 
E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. 
E não foi ensinada a criar a partir da dor. 
Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. 
Uma geração que teve muito mais do que seus pais. 
Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade. 
Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. 
Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste. 
Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. 
Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes. 
Por que boa parte dessa nova geração é assim? 
Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. 
Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. 
E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. 
Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade. 
É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. 
Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? 
Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? 
Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?
Nossa classe média parece desprezar o esforço. 
Prefere a genialidade. 
O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. 
Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. 
Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor
Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. 
Este atesta a excelência dos genes de seus pais. 
Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.
Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer
De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. 
Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é umdireito. E a frustração um fracasso. 
Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.
Basta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais tinham lhes prometido. 
Expressão que logo muda para o emburramento. 
E o pior é que sofrem terrivelmente. 
Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. 
Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer
A questão, como poderia formular o filósofo Garrincha, é: “Estes pais e estes filhos combinaram com a vida que seria fácil”?
É no passar dos dias que a conta não fecha e o projeto construído sobre fumaça desaparece deixando nenhum chão. Ninguém descobre que viver é complicado quando cresce ou deveria crescer – este momento é apenas quando a condição humana, frágil e falha, começa a se explicitar no confronto com os muros da realidade. 
Desde sempre sofremos. E mais vamos sofrer se não temos espaço nem mesmo para falar da tristeza e da confusão.
Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se a felicidade é um imperativo, o item principal do pacote completo que os pais supostamente teriam de garantir aos filhos para serem considerados bem sucedidos, como falar de dor, de medo e da sensação de se sentir desencaixado?
Não há espaço para nada que seja da vida, que pertença aos espasmos de crescer duvidando de seu lugar no mundo, porque isso seria um reconhecimento da falência do projeto familiar construído sobre a ilusão da felicidade e da completude. Quando o que não pode ser dito vira sintoma – já que ninguém está disposto a escutar, porque escutar significaria rever escolhas e reconhecer equívocos – o mais fácil é calar. 
E não por acaso se cala com medicamentos e cada vez mais cedo o desconforto de crianças que não se comportam segundo o manual. 
Assim, a família pode tocar o cotidiano sem que ninguém precise olhar de verdade para ninguém dentro de casa. 
Se os filhos têm o direito de ser felizes simplesmente porque existem – e aos pais caberia garantir esse direito – que tipo de relação pais e filhos podem ter? 
Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e as dúvidas estão previamente fora dele? 
Se a relação está construída sobre uma ilusão, só é possível fingir. 
Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. 
É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. 
E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando.
O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma vida inteira, mas se desconhecem. 
E, portanto, estão perdendo uma grande chance. 
Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros anunciados. 
E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida em que se pode tudo. 
E acreditar que se pode tudo é o atalho mais rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que paralisa.
Quando converso com esses jovens no parapeito da vida adulta, com suas imensas possibilidades e riscos tão grandiosos quanto, percebo que precisam muito de realidade. Com tudo o que a realidade é. 
Sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. 
Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. 
É viver com dúvidas e ter de responder pelas próprias escolhas. 
Mas é nesse movimento que a gente vira gente grande. 
Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. 
Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. 
Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. 
Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. 
É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito. 
Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece tudo simplesmente por existir, paciência. 
De nada vai adiantar choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu espaço no mundo sem nenhuma garantia. 
O melhor a fazer é ter a coragem de escolher. 
Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. 
E não culpar ninguém porque eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas vezes. 
Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência. 
Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna menor. 
Sim, a vida é insuficiente. 
Mas é o que temos. 
E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba.

25 abril, 2012

O QUE ACONTECE NO CÉU QUANDO ORAMOS?


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Sonhei que fui pro céu e um anjo estava me mostrando o lugar.
Caminhávamos lado a lado por um "escritório" cheio de anjos. Meu anjo-da-guarda parou em frente à primeira seção e me disse: - Essa é a
seção dos Recebimentos. Aqui, todos os desejos pedidos a Deus em oração são recebidos."
Olhei ao redor e estava tudo muito movimentado, com muitos anjos selecionando pedidos em volumosas folhas de papel e recados de gente
do mundo todo.
E aí continuamos a descer por um longo corredor até chegarmos na segunda seção.
Então o anjo me disse: - Essa é a seção de Empacotamento e Entregas.
Aqui, as graças e bênçãos pedidas pelas pessoas são processadas e entregues aos que as pediram.
"Percebi como, novamente, o lugar estava. Havia muitos anjos trabalhando naquela seção, pois várias bênçãos tinham sido pedidas e estavam a ser empacotadas para a entrega na Terra.
Finalmente, bem distante, no fim daquele corredor paramos em frente a uma porta. Para minha surpresa, havia somente um anjo sentado ali, sem
fazer nada. - Essa é a seção do Reconhecimento, disse-me o anjo, admitindo isso, parecendo envergonhado.
- Como assim não há nenhum trabalho sendo desempenhado aqui?, perguntei.
- É mesmo muito triste", o anjo suspirou. Depois que recebem as bênçãos que pediram, muito poucos retornam para o reconhecimento.
- E como podemos reconhecer as bênçãos de Deus?, perguntei-lhe.
- Simples, o anjo respondeu. É só dizer, Obrigado Senhor.
- E quais bênçãos deveriam ser reconhecidas?, novamente perguntei.
- Se você tem comida em sua geladeira, roupas sobre você, um teto e uma cama para dormir você é mais rico do que 75% das pessoas desse mundo. Se você tem dinheiro no banco, na sua carteira e o troco de uma refeição, está entre os 8% de afortunados do mundo.
- E se você receber isso no seu próprio omputador, você faz parte do 1% do mundo que tem essa mesma oportunidade.
- Se acordou hoje com saúde, você é muito mais feliz que os muitos que não conseguirão nem ao menos sobreviver ao dia de hoje.
- Se nunca teve de provar o medo em uma guerra, a solidão da prisão, a agonia da tortura ou pontadas de fome no estômago, está acima de 700 milhões de pessoas nesse mundo.
- Se podes ir à Igreja sem temer assédio, prisão, tortura ou morte, você é mais privilegiado que três bilhões de pessoas no mundo todo.
- Se teus pais estão vivos e ainda vivem juntos, você é ainda mais raro.
- Se podes erguer sua cabeça e sorrir, estás entre poucos. Grande número de pessoas está mergulhada em dúvida e desespero.
- Está bem. E agora? Como posso começar?

Pode começar fazendo as coisas mais simples do dia a dia, como dizer: Obrigado, desculpe, por favor, bom dia....
Tentar olhar sem preconceito, com fraternidade, com carinho e amor...
Lembra!!! "Gentileza gera gentileza"...
Parece pouco, mas é tão dificil de se fazer isso na prática, que somente pessoas abençoadas e especiais, conseguem fazê-lo em sua plenitude. Portanto se conseguir, ou pelo menos tentar, já terá dado um grande passo neste caminho...
Tenha um grande dia.
ATENÇÃO: Departamento de Reconhecimento....
"Obrigado, Senhor, pela habilidade de compartilhar essa mensagem e me presentear com amigos com quem posso dividir esta bela lição.


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06 abril, 2012

O MUNDO DO FAZ DE CONTA....















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Recentemente uma professora que veio da Polônia para o Brasil, ainda muito jovem, dava uma palestra e, com muita lucidez trazia pontos muito importantes para a reflexão dos ouvintes...
"Em um primeiro momento eu vivi na infância, quando aprendi de meus pais que era preciso SER"...
"Ser honesta, ser digna, ser ética, ser respeitosa, ser amiga, ser leal"....
"Algumas décadas mais tarde, fui testemunha da fase do TER".
Era preciso "TER"...
Preciso ter boa aparência, ter dinheiro, ter status, ter coisas, ter, ter e ter...
Na atualidade estou presenciando a fase do "FAZ DE CONTA"...
Hoje, as pessoas fazem de conta que está tudo bem...
Pais fazem de conta que educam, professores fazem de conta que ensinam e alunos fazem de conta que aprendem.....
Profissionais fazem de conta que são competentes, governantes fazem de conta que se preocupam com o povo, e o povo faz de conta que acredita....
Pessoas fazem de conta que são honestas, Líderes religiosos fazem de conta que são representantes de Deus, e Fieis fazem de conta que têm fé....
Doentes fazem de conta que têm saúde, criminosos fazem de conta que são dignos e a justiça faz de conta que funciona e faz de conta que é imparcial....
Traficantes fazem de conta que são cidadões de bem, consumidores de drogas fazem de conta que não impulsionam este nefasto mercado do crime....
Pais fazem de conta que sabem que seus filhos usam drogas, que se prostituem, que estão se matando aos poucos, e os filhos fazem de conta que os pais sabem.
Corruptos fazem de conta que são idealistas e terroristas fazem de conta que são justiceiros....
E a maioria da população faz de conta que está tudo bem, e que não é da sua conta....
Mas uma coisa é certa: "Não podemos fazer de conta quando nos olhamos no espelho da própria consciência"...
Podemos até arranjar desculpas para explicar nosso faz de conta, mas não há como justificar....
Importante salientar, todavia, que essa representação no dia a dia, no faz de conta, causa prejuízo para aqueles que lançam mão deste tipo de comportamento....
A pessoa que age assim termina confundindo a si mesma e caindo num vazio, pois nem ela mesma sabe quem é, de fato, e acaba em uma frustração sem fim....
Raras são as pessoas realmente autênticas....
Por isso elas se destacam em seus ambientes....
São aquelas que não representam, apenas são o que são, sem fazer alarde disso....
São profissionais éticos e competentes, amigos leais, pais zelosos na educação dos filhos, políticos honestos, religiosos fieis aos ensinamentos que ministram....
São, em fim, pessoas especiais, descomplicadas, de atitudes simples e coerentes, e acima de tudo fieis consigo mesmas....
Pessoas assim são raras, mas existem. Na maioria das vezes são pessoas felizes....

O médico Dráuzio Varella nos ensina: " Se não quiser adoecer não viva de aparências"
Quem esconde a realidade, finge, faz pose, quer dar a impressão que está bem, quer mostra que é bonzinho, ser perfeito, etc... está acumulando toneladas de peso.... uma estátua de bronze, mas com os pés de barro. Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas. São pessoas com muito verniz e pouca raiz. Seu destino é a farmácia, o hospital e a dor...

Se é fácil enganar os outros, é impossível enganar a nós mesmos...
Afinal, não é aos outros que prestamos contas das nossas ações, e sim a nossa própria consciência, neste mundo de faz de contas....


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05 abril, 2012

S.D.A.D.I.A.....

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Não se desespere!
Mas... Você já pode ter adquirido...
S.D.A.D.I.A.

Síndrome de Desordem da Atenção Deficitária na Idade Avançada.

A todos que já passaram dos 40, um abraço.
E quem não passou, não ria e tenha esperança, pois um dia vai chegar lá!
Para quem já passou dos 40 ou está com os mesmos sintomas, acabaram de descobrir o diagnóstico desta síndrome.
Explico melhor:

1. Outro dia decidi lavar o carro; peguei as chaves e fui em direção à garagem, quando notei que tinha correspondência em cima da mesa.
2. OK, vou lavar o carro, mas antes vou dar uma olhadinha na correspondência, pois pode ter alguma coisa urgente.
3. Ponho as chaves do carro na escrivaninha ao lado e, olhando a correspondência, vejo que tem algumas contas para pagar e muita propaganda inútil, pelo que decido jogá-la fora (as propagandas), mas vejo que o cesto de lixo está cheio.
4. Então lá vou eu esvaziá-lo.
Coloco as contas sobre a escrivaninha, mas lembro-me que há um banco eletrônico perto de casa e vou primeiro pagar as contas.
5. Coloco o cesto de lixo no chão, pego as contas e vou em direção à porta.
6. Onde está o cartão do banco? No bolso do casaco que vesti ontem.
7. Ao passar pela mesa de jantar, olho para uma cerveja que estava bebendo.   Vou buscar o cartão, mas antes vou guardar a cerveja na geladeira.
8. Vou em direção à cozinha quando noto que a planta no vaso parece murcha, é melhor por água antes.
9. Coloco a cerveja na mesa da cozinha, quando... Ah! Achei os meus óculos! Estava à procura deles há horas!
É melhor guardá-los, já!
10. Pego num jarro,
encho-o de água e vou em direção ao vaso.
11. Deixaram o controle remoto da televisão aqui em cima! À noite quando quisermos ligar a TV, ninguém vai se lembrar de procurar na cozinha.
É melhor levá-lo já para a sala. Mas...
12. Ponho os óculos sobre a mesa e pego no controle remoto.
13. Coloco a água na planta, mas caiu um pouco no chão. Deixo o controle remoto no sofá e vou buscar um pano.
14. Vou andando pelo corredor e penso que precisava trocar a moldura deste quadro.
15. Estou andando e já não sei o que é que ia fazer!!!
16. Ah!  Os óculos... Depois! Primeiro o pano. Pego nele.
17. Vou  em direção ao vaso, mas vejo o cesto de lixo cheio.
18. Final do dia:
o carro continua por lavar, as contas não foram pagas, a cerveja lá está, quentinha, a planta levou só metade da água,
não sei do cartão do banco, nem onde estão as chaves do carro!
19. Quando  tento entender porque é que não fiz nada hoje, fico atônito, pois estive ocupado o dia inteiro!
20. Percebo que isto é uma coisa muito séria e que tenho que ir ao médico, mas antes, acho que vou ver o resto da correspondência...
Divulguem esta mensagem para todos os conhecidos, pois eu não me lembro para quem enviei!!!



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Folha em Branco....

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Certo dia eu estava aplicando uma prova e os alunos, em silêncio, tentavam responder as perguntas com uma certa ansiedade.
Faltavam uns 15 minutos para o encerramento e um aluno levantou o braço, dirigiu-se a mim e disse:
"Professor, pode me dar uma folha em branco?"
Levei a folha até sua carteira e perguntei porque queria mais uma folha em branco.
Ele respondeu:
"Eu tentei responder as questões, rabisquei tudo, fiz uma confusão danada e queria começar outra vez".
Apesar do pouco tempo que faltava, confiei no rapaz, dei-lhe a folha em branco e fiquei torcendo por ele.
Aquela sua atitude causou-me simpatia.
Hoje, lembrando aquele episódio simples, comecei a pensar quantas pessoas receberam uma folha em branco, que foi a vida que DEUS lhe deu até agora, e só têm feito rabiscos, tentativas frustradas e uma confusão danada...
Acho que agora seria bom momento para se pedir a DEUS uma nova folha em branco, uma nova oportunidade para ser feliz. 
Assim como tirar uma boa nota depende exclusivamente da atenção e esforço do aluno, uma vida boa também depende da atenção que demos aos ensinamentos do Mestre. 
Não importa qual seja sua idade, condição financeira, religião, etc. Levante o braço, peça uma folha em branco, passe sua vida a limpo. 
Não se preocupe em tirar 10, ser o melhor.
Preocupe-se apenas em aplicar o aprendizado que recebeu nas aulas do Mestre. 
Ele se interessa por aquele que pede ajuda e repete toda a "matéria" dada, portanto, só depende de você, pedir uma folha em branco a quem te ama e se interessa por você, mesmo que o tempo seja curto, para colocarmos todas as ideias e o conhecimento sobre os fatos, na nossa visão, de como um coração transborda de emoções, e que algumas vezes nos leva a direções opostas a que deveríamos ter caminhado, e que gostariamos de colocar nesta folha de papel algo que pudesse explicar e tocar o coração do outro....
Que esta Páscoa seja a tal folha em branco, para que você tenha um renascimento para a vida que buscamos nos ensinamentos cristãos....
Feliz renascimento, feliz Páscoa....
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A difernça entre Força e Coragem....

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É preciso ter força para ser firme,
mas é preciso coragem para ser gentil.
É preciso ter força para se defender,
mas é preciso coragem para baixar a guarda.
É preciso ter força para ganhar uma guerra,
mas é preciso coragem para se render.
É preciso ter força para estar certo,
mas é preciso coragem para ter dúvida.
É preciso ter força para manter-se em forma,
mas é preciso coragem para ficar em pé.
É preciso ter força para sentir a dor de um amigo,
mas é preciso coragem para sentir as próprias dores.
É preciso ter força para esconder os próprios males,
mas é preciso coragem para demonstrá-los.
É preciso ter força para suportar o abuso,
mas é preciso coragem para fazê-lo parar.
É preciso ter força para ficar sozinho,
mas é preciso coragem para pedir apoio.
É preciso ter força para amar,
mas é preciso coragem para ser amado.
É preciso ter força para sobreviver,
mas é preciso coragem para viver.

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Entre o ego e a alma....

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Enquanto pensamos que a morte é o que mais separa as pessoas, o ego desde sempre, vem fazendo esse serviço muito mais do que ela.
Não há nada que vença o ego em termos de separações!
E como é que ele age?
-  No casamento e nas relações amorosas:
em nome da “incompatibilidade de gênios”, homens e mulheres se separam, sem darem chance à flexibilidade que faria com que ambos
 – de comum acordo – cedessem um pouco.
Não! Para o ego não tem acordo quando se trata de ceder.
Seria rebaixar-se!
Ele só entende assim.
-  Nas amizades:
uma atitude ou palavra mal colocada são, muitas vezes, suficientes para que amigos se separem, deixando cair no esquecimento as tantas coisas boas que fizeram brotar uma tão valiosa amizade.
Não! O ego não admite erros nem pedidos de perdão.
Seria abrir mão da punição!
Ele só entende assim.
- Nas famílias:
tantos pais, irmãos e filhos se separam, só pela necessidade de impor suas vontades, de ver “quem manda aqui”, quem ganha a condição de dono da última palavra.
Na maioria dos casos, numa reunião familiar, e com um pouco de humildade todos saberiam até onde ir e quando parar.
Não! O ego quer deter o poder sobre tudo e sobre todos.
Limites seriam um caso de obediência!
Ele só entende assim.
- Nas carreiras:
pessoas escolhem seguir a mesma carreira ou carreiras diferentes, e muitas dessas pessoas gastam a melhor parte da sua vida competindo, vigiando, farejando os passos das outras, dada a precisão de ser “a melhor”.
A consciência de que “o sol nasce para todos” faria isso parar.
Não! O ego quer ganhar sempre, custe o que custar.
Aceitar vitórias alheias seria fracassar! Ele só entende assim.
Em toda situação conflitiva que determina separações o EGO se faz presente e sempre quer ganhar.
É nos carros, em brincadeiras desnecessárias; é no trabalho, em críticas contra colegas; é nas escolas, em exibições de notas; é nas guerras, onde ganhar é questão de vida ou morte; é na vizinhança, em encrencas vulgares, e assim por diante... Infinitamente...
Pense em algo similar, não citado aqui, e você notará que nele também está a ditadura do EGO.
Basta que o caso lembrado seja capaz de separar pessoas.
Não!
Não é a morte o que mais promove essas apartações!
É o ego, o filho predileto do orgulho!
Sua Ama e seu Ego ocupam o mesmo castelo.
Deixe que sua Alma seja a rainha vitalícia do lugar!
Ela é aquela parte sua que deseja Paz e Reconciliações.
O Ego é o mal dentro de você.
Dê-lhe um cala-boca bem dado.
Assim – e só assim – a Vida lhe abrirá as portas da verdadeira e perene Felicidade.
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