21 julho, 2010

O Cavalo Cego.....


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Na estrada de minha casa há um pasto.
Dois cavalos vivem lá.
De longe, parecem cavalos como os outros, mas, quando se olha bem, percebe-se que um deles é cego.
Contudo, o dono não se desfez dele e arrumou-lhe um amigo – um cavalo mais jovem.
Isso já é de se admirar.
Se você ficar observando, ouvirá um sino.
Procurando de onde vem o som, você verá que há um pequeno sino no pescoço do cavalo menor.
Assim, o cavalo cego sabe onde está seu companheiro e vai até ele.
Ambos passam os dias comendo e no final do dia o cavalo cego segue o companheiro até o estábulo.
E você percebe que o cavalo com o sino está sempre olhando se o outro o acompanha e, às vezes, pára para que o outro possa alcançá-lo.
E o cavalo cego guia-se pelo som do sino, confiante que o outro o está levando para o caminho certo.
Como o dono desses dois cavalos, Deus não se desfaz de nós só porque não somos perfeitos, ou porque temos problemas ou desafios.
Ele cuida de nós e faz com que outras pessoas venham em nosso auxílio quando precisamos.
Algumas vezes somos o cavalo cego guiado pelo som do sino daqueles que Deus coloca em nossas vidas.
Outras vezes, somos o cavalo que guia, ajudando outros a encontrar seu caminho.
E assim são os bons amigos.
Você não precisa vê-los, mas eles estão lá.
Por favor, ouça o meu sino. Eu também ouvirei o seu.
Viva de maneira simples, ame generosamente, cuide com devoção, fale com bondade…
E confie, deixando o resto por conta de Deus.


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19 julho, 2010

EU SOU ASSIM.......



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Eu Sou Assim...
Sou tanta coisa...

Sou tão complicado.
Sou tão simples.
Sou tudo e sou nada.
Sou todas as estações do ano...Mas desde criança, sou Verão, sou céu, sou mar, sou areia, sou estrela-do-mar, sou peixe com limão assado na brasa, sou camarão no espeto e frito também, sou natureza acima de tudo...

Sou as ondas do mar, sou as nuvens do céu, sou vento, sou brisa suave... Sou chuva forte, trovoada... sou chuva fina, garoa da madrugada...
Sou dia, sou Sol... Sou noite, sou Lua cheia... Sou rueira, sou caseira, Sou tímida, sou doida desvairada...
Sou Vida !!!!
Sou Primavera... " Quando entrar Setembro..."
Sou Margarida, sou Rosa, sou Tulipa, sou Lírio do campo, sou Girassol, Sou Sempre-viva, sou Jasmim, sou Gérbera...
Sou Outuno... folha caída seca... folha que nasce a florescer...

Sou vento forte e arrasto, mudando a paisagem...
Sou Inverno... sou frio, sou casaco quentinho de lã, sou cobertor pesado, sou edredon macio, sou meia quentinha nos pés, sou chocolate quente, sou leite morninho com mel pela manhã... Mas sou bem melhor se sou Verão...
Sou campo, sou cidade, sou ilha deserta, sou floresta, sou região serrana, sou casa de praia, sou apartamento, sou casa de quintal...
Sou viagens, sou passeios, sou shopping, sou cinema, sou barzinho, sou danceteria, sou casa de amigos, sou de dentro e sou de fora...
Sou água de côco, sou cerveja estupidamente gelada, sou caipirinha, sou Fanta laranja, sou Fanta uva, sou batata frita, sou frango à passarinho, sou lingüiça calabresa e pão com alho...
Sou sorvete de casquinha, sou frutas, sou maçã, sou pêra, sou uva, sou melancia, sou cajá, sou caqui, sou manga, sou morango, sou pêssego, sou amora (Uhmmm, amora!), sou jamelão...
Sou livros, sou revistas, sou bichos de pelúcia, sou crochê, sou tricô, sou bordado, sou pintura, sou toda artesanato, artesã...
Sou música o dia todo, sou vídeo, sou tv (mais desenhos e filmes), sou câmera, sou seriados, sou shows, sou teatro, sou fotos e sou fatos, sou blogs, sou informática, sou internet, sou e-mail, sou Power Point, sou chat e também sou Chata... hahahahah
Sou amiga, sou desconfiada, sou teimosa, sou sincera, sou insistente, sou impaciente, sou faladeira, sou arteira, sou bagunceira, sou criança e sou adulta, sou rabugenta, sou boazinha, sou ‘mázinha’ também...
Sou risos, sou gargalhadas, sou choro, sou lágrimas, sou emotiva...
Sou a Rainha da cozinha e na cozinha...
Sou macarronada com carne moída, sou feijão com arroz e batata frita, sou frango assado ao vinho, sou Chester de Natal, sou nhoque, sou lasagna seja molho branco seja a bolonhesa, sou empadão de camarão, empadão de palmito, empadão de legumes, sou pizza de sardinha com azeitonas, sou empadas, sou doces, sou salgados, sou bolos, sou pudins, sou pavês (e pra comer também...), sou aipim frito, sou aipim amassado com açúcar, sou feijoada (ahhhhh Feijoada!!!!), sou um bom cozido e uma boa rabada...
Sou Lilás, sou Branco, sou Verde, sou Azul, sou Marrom, e de vez em quando, sou até Preto...
Sou calça jeans e camiseta, sou vestido comprido, sou vestido curto, sou bermuda e top, sou chinelo, sou sandália, sou salto alto, sou bota, sou tênis, sou pé no chão...
Sou boné, sou óculos escuros, sou cabelo solto, sou cabelo preso...
Não sou ar condicionado, não sou ventilador, mas sou vento, sou ar livre, sou natural...
Sou caminhar pela rua, sem parar, sem pensar, sem destino, sem lugar...
Sou carro pra viajar, pra passear, pra namorar... Sou ônibus pra trabalhar e até pra passear também...
Sou bicicleta, sou cavalo a galopar, sou pedra a escalar, sou aventura sem parar...
Sou Floresta da Tijuca, sou Urca, sou Praia Vermelha, sou Copacabana, sou Arpoador, sou Ipanema... Sou Recreio, sou Paquetá (Que ilhazinha gostosa de ficar...!)...
Sou todo o Rio de Janeiro... de Janeiro a Janeiro... "e Fevereiro, tem Carnaval..."
Mas, se viajar, Sou Porto Seguro, Sou Trancoso... Sou Florianópolis, cidade limpa e povo educado...
Sou Nova Iorque, sou Las Vegas, sou Califórnia... (Quando eu for, é claro...!!!!)
Sou cama, mesa e banho... Sou rede na varanda... Sou almofadas jogadas ao chão...
Sou tapete na sala, no quarto ou em qualquer lugar... Sou esteira... Sou barulho... sou silêncio... sou bagunça... sou tranquilidade...
Sou fogo, sou sexo, sou selvagem, sou princesa, sou delírio, intensidade, coragem, sinceridade...
Sou Amor... Sou Paixão... Sou Vida!!!! ... Sou tudo isso e mais um pouco...
Felizmente, Eu Sou Assim...


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09 julho, 2010

Faça seu próprio destino....


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Não coloque nas mãos de Deus a responsabilidade pela sua própria vida.

Use a seu favor os poderes da mente e realize os seus desejos.
Você tem dúvidas de que isso seja possível?
Vou ajudar você a colocar à sua disposição todo o poder que você tem.

O primeiro passo é perguntar a si mesmo:

Onde eu quero estar amanhã?
Que área da vida eu pretendo melhorar?
Que experiências eu quero vivenciar?

Muito bem, para obter essas respostas você terá de mexer um pouco com seus desejos, com as vontades do seu espírito.
Imagine uma situação na qual você quer muito estar.
Pense em algo que lhe traga prazer e que realmente faça sentido na sua vida.

Não importa se é algo possível ou não.
O que importa é sentir que essa situação que você imaginou lhe traz a tão sonhada realização.

Pare, relaxe e permita que essa situação tome conta de você.

Aos poucos, vão surgir imagens de você consigo mesma e com as pessoas queridas.

Mantenha essa forte conexão com o seu espírito — tenha sempre em mente aquilo que você imaginou.

Agora, vista essa situação, e o primeiro passo foi dado, uma janela se abriu e uma nova luz se faz presente.

Aos poucos você vai alinhar todos os seus desejos com a realidade e, na prática, os fatos vão se concretizar naturalmente.
Parece mágico, mas acontece mesmo. Pode acreditar.

O segredo?

Quando a gente tem a consciência do próprio poder, consegue reestruturar nossas atitudes.

Resultado: Refazemos nossa realidade e partimos para a conquista.

E é na conquista de nós mesmos que conseguimos conquistar o mundo. Por isso, diga a si mesmo:

A cada dia que passa, eu confio mais em mim e uso meu poder. O que é importante está onde eu quiser. E dou importância àquilo que eu realmente desejar.”
Para fechar, tire da sua vida tudo que é dramático.

Vamos! Faça isso agora. Isso é bárbaro.

Não aceito mais acreditar em dramas. Dramas com a minha saúde, com a minha aparência, com as coisas que fiz, com as coisas que quero, com todas as situações. Não quero mais isso para minha vida!”

Vista essa idéia. Sinta isso no corpo inteiro.

Você tem uma meta, um sonho?

Então, provoque mudanças interiores para que eles se solidifiquem.
Quando eles chegarem num certo ponto de tensão, poder e força, começarão a produzir a realidade que você tanto desejou.

E declare sempre:

Eu mereço obter o meu melhor”.

Vamos lá, gente!

“Qualquer idéia que não seja o melhor não é para o meu caminho.

Eu me libero delas com o objetivo de obter sempre o melhor.”

Coloque-se numa situação em que você olhe para as coisas e tudo se torne fácil.
“A vida caminha a meu favor, porque eu estou a meu favor.”
Muitas pessoas jogam a responsabilidade pela própria vida nas mãos de Deus.

Vivem rezando, pedindo, achando que uma hora ou outra serão ouvidas e atendidas.

Pare já com isso. Sabe por quê?
Porque Deus é você.

Deus está em você.

E você é o próprio instrumento para atingir os seus objetivos e satisfazer todos os seus desejos.
Orar, pessoal, é apenas colocar em prática essas técnicas — positivação mental e estímulo com atitudes diante da fé.
Orar é criar condições psíquicas para que o nosso espírito possa agir a nosso favor.

É ter idéias positivas e vesti-las no corpo inteiro.
Orar é a capacidade de transformar sua mente para, cada vez mais, viver a grandeza da Alma e do Coração tento muita convicção em você através da fé inequivoca, que ira realizar o seu objetivo e, assim, positivar-se!

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08 julho, 2010

Olhar para dentro....


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Nossa primeira reação é sempre a de pensar naquilo que os outros teriam que fazer para deixarem de ser nossos inimigos e se transformarem em adversários legítimos e respeitáveis.

Não adianta cairmos nessa armadilha.

Primeiro temos de olhar para dentro: quais as coisas que precisamos mudar para atingir o próximo com uma atitude que o convide, que impulsione ou facilite sua própria reflexão e uma mudança de perspectiva com respeito a nós, a nosso grupo, a nossa comunidade, a nosso país?
O ideal seria que “os outros” seguissem o mesmo caminho, mas não é bom que condicionemos nosso processo de revisão a isso, porque além de continuarmos no pântano do qual procuramos sair, nos sujeitariamos à iniciativa e aos tempos dos outros.

Trata-se de adotar uma conduta reta e pragmática, tomando todas as precauções do caso. Se, após um esforço genuíno, não conseguirmos mudar a dinâmica da relação, ainda saberemos como proteger nossos espaços.
Os desdobramentos de nosso ego, a dor e os tecidos sensíveis resultantes de antigas feridas, os medos, os receios, as ofensas recebidas e as inseguranças acumuladas ao longo da vida são tantos que não é possível acreditar que nosso entendimento esteja livre desses fatores condicionantes e que nossa subjetividade não seja enganosa.
Bem que seja impossível que nos desfaçamos da subjetividade, o fato de compreendermos como ela foi estruturada nos ajudaria a redobrar esforços para ouvir mais plenamente os outros e tentar captar o essencial de suas palavras, seus sentimentos e seus interesses.

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De inimigos a adversários....


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"Acontece que sou o dono da verdade; de toda a verdade, sempre. Procuro impor minha verdade e, se isso não for possível, rejeito as outras verdades e me recuso a colaborar. Me causa frustração e rancor que haja pessoas que não aceitem a minha verdade".

Essa atitude provoca sérios danos, que se agigantam quando várias pessoas igualmente convencidas de serem as donas da verdade colidem. O choque de verdades absolutas faz com que seja mais difícil distinguir entre inimigos e adversários, fato que nos leva a cometer erros e injustiças e a dilapidar as oportunidades de construir coisas em conjunto.
Então, o diálogo fica travado, os argumentos se radicalizam, não importam as formas de cooperação ou de apoio mútuo. Surgem antagonismos carregados de agressões abertas ou encobertas, que desviam a energia social e a encaminham para o confronto, esterilizando o talento e a determinação.
Nesse cruzamento de egos e interesses, apontar as condutas destrutivas dos outros é mais simples do que reconhecer as próprias.
Acontece que temos uma habilidade inacabável para negar que atuamos impelidos por nossos interesses e que somos capazes de justificar qualquer coisa contanto que consigamos nos arrogar a razão.
Num contexto de fortes antagonismos é difícil convocar e ser convocados, utilizar plenamente o potencial de um grupo, de um país ou da aldeia global. Pois, em lugar de tentarmos alinhar interesses e necessidades diversos, procuramos impor os nossos.
Quanta dor causamos com isso!, quanta energia dilapidamos!, quantas luzes se apagam ou não chegam a ser acesas!
Esses comportamentos são, em parte, o legado de uma história de enfrentamentos ancestrais que cobre cada geração de antigos ódios, receios e preconceitos. Porém, nós também contribuímos a reforçar os desencontros com antagonismos de novo cunho que, muitas vezes, resultam de nossa incapacidade para distinguir os inimigos dos adversários.
Qual a diferença entre inimigo e adversário?
Inimigo é aquele que procura nossa destruição ou nossa submissão. Adversário é aquele que, ainda lutando por seus próprios interesses (materiais, emocionais, religiosos, ideológicos), não tenta nos destruir ou submeter, nem atua em detrimento de nossa realização pessoal.
Se bem que existam casos em que essa distinção se torna difusa, há muitos outros em que fica claro quem é o adversário e quem é o inimigo.
Não estamos diante de uma simples disquisição acadêmica.
Se soubéssemos distinguir uns dos outros, poderiamos nos dar conta de que muitos supostos inimigos são, na verdade, apenas adversários; e, portanto, poderiamos tomar consciência dos erros e das injustiças que cometemos e das oportunidades de construirmos coisas em conjunto que temos dilapidado.
Essa diferença entre relações adversariais e relações de inimizade pode se apresentar em quase todas as esferas da vida social, política e econômica.
Em matéria política, algumas pessoas, tanto do governo quanto da oposição, partem da concepção de que elas só podem fazer suas idéias e seus projetos crescerem por meio da destruição do adversário, transformado em inimigo.
Assim, as potencialidades sociais acabam por ser esterilizadas, já que muitas contribuições não são completadas ou nem sequer chegam a existir, e as energias se desviam das ações construtivas para serem dirigidas ao choque, pois ninguém se entrega sem oferecer resistência.
Uma coisa é a visão de um bolo único e estático que a gente quer para si e para seu grupo, e uma outra coisa é que procuremos, entre todos nós, alargar o espaço do conjunto e compartilhar os resultados obtidos.
O primeiro ponto de vista só admite a possibilidade de dar cotoveladas e de crescer esmagando os outros, enquanto a segunda opção implica colaboração, justiça e crescimento orgânico.
O fato de vermos inimigos onde há adversários está ligado aos valores e conceitos que nos guiam.
Aquele que valorizar o esforço do próximo, a legitimidade e a capacidade de contribuição da diversidade, e os riscos decorrentes da homogeneização de perspectivas, terá menos motivos para classificar os adversários de inimigos.
E se ele por engano o fizer, em algum momento vai reconhecer e reparar o erro.
Porém, as pessoas que têm sido formadas segundo os preceitos de qualquer classe de fundamentalismo vêem inimigos em toda parte, e consideram que é necessário eliminá-los, neutralizá-los ou submetê-los. Elas não conhecem a generosidade espiritual, a verdade duvidosa, a abertura mental ou a vastidão de sentimentos.
Essas pessoas foram modeladas na selva do confronto e da imposição, e são impermeáveis àquelas opiniões e pontos de vista que relativizam sua própria visão. Elas praticam o autoritarismo e escasseiam misericórdia e boa vontade.
Sendo que os valores, os interesses e as atitudes constituem o fundamento de nossa conduta, é possível que nos baseemos na experiência e num bom treinamento para identificar como inimigos aqueles que realmente são inimigos, e reconhecer como adversários legítimos e respeitáveis muitos outros que consideramos inimigos e que tratamos como tais, mesmo que nunca tenham sido inimigos ou que tenham deixado de sê-lo.

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Anseios e rumos....


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Há momentos históricos que exigem verdadeiros pontos de inflexão no rumo social e político de uma sociedade; drásticas mudanças de direção que são necessárias em situações muito especiais, principalmente quando temos atravessado longos períodos sem conseguirmos ajustar o rumo no decorrer dos fatos e a direção a ser seguida.

No entanto, é negativo que avancemos dando pulos de forma constante, com cortes na trajetória e grandes dirupções.
Convém estar alertas e ter determinação para efetuar oportunamente aqueles ajustes que nos permitam resolver sérios problemas, em lugar de adiar ou ignorar essas soluções, fato que só nos levará a represar forças que mais tarde vão transbordar, gerando altos custos e uma permanente descontinuidade de esforços e de desequilibrio.
O canibalismo social e político e o sobrepeso de egos e interesses individuais atentam contra os interesses do conjunto social e impedem que nossas necessidades e aspirações sejam atendidas.

Ainda que as paixões e as mesquinhezas ganhem força, vale a pena que vamos além dessas torrentes para olhar os outros nos olhos, reconhecer seus medos, assegurar-lhes nosso respeito e encarar com eles a tarefa conjunta de construir a paz e o bem-estar.
Será a justiça e a firmeza dos justos, a generosidade e a compaixão que nascem da boa vontade, a criatividade e o talento de cada um, a responsabilidade, a habilidade e a visão de nossos representantes de corpo e alma, que irão nos permitir construir caminhos de desenvolvimento sustentável, cicatrizar feridas, aproximar os irmãos, abater juntos a desigualdade e a pobreza.
Nesse devir —que não é uma utopia, e sim um desafio— também haverá oportunidade de refletir sobre os enigmas da vida e do desnorteamento no qual caímos ciclicamente.

Ninguém poderá dizer que a agenda da humanidade é estreita; ela nunca o foi e não o será desde que continuem a surgir anseios à procura de novos e melhores rumos. Tomara que os anos que virão nos encontre decididos a continuar essa busca, e continuarmos a ter fé.

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A INDULGÊNCIA....




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A indulgência é esse sentimento doce e fraternal que todo homem deve alimentar para com seus irmãos, mas do qual bem poucos fazem uso.
A indulgência não vê os defeitos de outrem, ou, se os vê, evita falar deles, divulgá-los.
Ao contrário, oculta-os, a fim de que se não tornem conhecidos senão dela unicamente.
E, se a malevolência os descobre, tem sempre pronta uma escusa para eles, escusa plausível, séria, não das que, com aparência de atenuar a falta, mais a evidenciam com pérfida intenção.
A indulgência jamais se ocupa com os maus atos de outrem, a menos que seja para prestar um serviço.
Mas, mesmo neste caso, tem o cuidado de os atenuar tanto quanto possível.
Não faz observações chocantes, não tem nos lábios censuras. Apenas conselhos e, as mais das vezes, velados.
Ao fazer uma crítica qualquer, ela sempre irá pensar antes: que conseqüência se há de tirar destas palavras?
Homens! Quando será que julgareis os vossos próprios corações, os vossos próprios atos, sem vos ocupardes com o que fazem vossos irmãos?
Quando só tereis olhares severos sobre vós mesmos?
Sede severos para convosco, indulgentes para com os outros.
Lembrai-vos de que, talvez, tenhais cometido faltas mais graves.
Sede indulgentes, meus amigos, porquanto a indulgência atrai, acalma, ergue, ao passo que o rigor desanima, afasta e irrita.
Eis mais uma virtude fundamental para aqueles de nós que desejamos viver a Nova Era, a era do bem.
A indulgência não se entende por conivência com a coisa errada, de forma alguma, mas, de uma forma benevolente, de tratar a alma equivocada.
Nossa severidade excessiva com os outros pouco resolve. E, pelo contrário, esta ferocidade em nosso julgamento só nos tem trazido prejuízos morais.
Quase sempre nossa crítica, nossa condenação, não visa o bem do outro, mas sim uma satisfação desequilibrada em simplesmente falar mal, ou condenar.
Mecanismo psicológico de projeção, muitas vezes nos mostra no outro aquilo que detestamos em nós, e como fuga desastrosa, ao acusar, imaginamos que podemos nos livrar do mal intrínseco à nossa alma enferma.
Acusar por acusar nunca nos trará o bem que desejamos, a paz que anelamos tanto.
A maledicência é provocadora de prazer mórbido que atesta deficiência de caráter humano.
Sejamos assim, indulgentes, da mesma forma que o Criador o é sempre conosco, vendo o que temos de bom, e sempre nos dando novas chances de acertar após nossos erros.
Reforçar o erro de outrem é valorizar o negativo. É dar-lhe um destaque maior do que o necessário.
A indulgência é caridade, é compreensão e perdão.
* * *
O verdadeiro caráter da caridade é a modéstia e a humildade, que consistem em ver cada um apenas superficialmente os defeitos de outrem, e esforçar-se por fazer que prevaleça o que nele há de bom e virtuoso.
Embora o coração humano seja um abismo de corrupção, sempre há, em algumas de suas dobras mais ocultas, o gérmen de bons sentimentos, centelha vivaz da essência espiritual
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