13 janeiro, 2008

Aquilo que mereço.........

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Sempre dispensei elogios, livrando-me, assim, da obrigação de ser melhor do que sou.
Sempre quis aquilo que mereço...ou fiz por merecer.
Também abri mão das falsas gentilezas, de afetos gerados pela necessidade, das histórias criadas para gerarem jogos que me nego a jogar.
E me dei o direito de ser eu mesma, sem dissimulações, mostrando minhas qualidades e defeitos. Recuso-me a tratar o amor com desrespeito e ironia, como se ele fosse uma obrigação suportável.
Não quero ver meus amigos como peças descartáveis numa engrenagem falida, e não quero bitolar meus sentimentos às desculpas e culpas de quem tem por horizonte apenas uma janela. Não quero companhias ausentes, afetos unilaterais, discursos sem fundamento, trabalho sem causa... pois sempre terei comigo a possibilidade infinita de reconhecer a verdade, onde ela estiver e, no caso de errar, a possibilidade de me perdoar, acreditando que terei forças de me reerguer acima da mesquinhez e dos interesses dos outros.
O que quero, sim, é o direito de lutar para que meu espírito não seja contaminado pela angústia de quem se preocupa em gerar o mal, pelo desassossego de quem vê no outro o reflexo de suas próprias frustrações.
Quero o direito de conservar minhas querenças e meus gostares, sem prestar contas a ninguém e não quero fingir afeto, nem para agradar aqueles que se julgam donos e senhores da verdade. Enfim... quero apenas viver, em paz comigo mesmo, com o meu íntimo, até que eu sinta que nada mais posso, além de deixar acontecer...


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