29 junho, 2011

Fazer o bem cansa...






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"E não nos cansemos de fazer o bem..."
Carta do Apóstolo Paulo aos Gálatas cap.6 verso 9


Ontem estava conversando com meu amigo José Cruz no Messenger.


Em um momento da conversa falávamos que todos gostam de usar frases do tipo "eu sou do bem", "eu sou uma pessoa boa" ou até "eu não faço mal pra ninguém".
Dificilmente você vai ouvir alguém dizer "eu sou falho, eu erro e nem sempre sou bom com as pessoas".


Ninguém quer assumir isso .

As pessoas se consideram boas dentro do padrão de bondade que criaram pra si mesmas e "está bom assim".

Mas a Verdade é que ninguém é naturalmente bom.
Vimos a algumas semanas atráz o caso do rapaz que foi linchado na porta de uma boate por mais de 15 jovens. Testemunhas dizem e as câmeras revelam que um começou a bater nele e outros foram chegando. Esse caso ilustra uma realidade comum da natureza humana: basta alguém começar uma maldade que o "reforço" aparece rapidamente.
Diante desse caso do linchamento, todos nós como população nos revoltamos e dizemos: "Meu Deus, que absurdo!".


Só que em contraponto temos visto pessoas no nosso país lutando contra a corrupção, desigualdades sociais e violência e elas sempre tem que apelar para chamar a nossa atenção pois se vêem lutando sozinhas diante de um monstro gigante.

Questão: Por que a maldade consegue apoio tão rápido para realizar mais seu objetivo e a solidariedade é sempre um caminho solitário e cansativo?
Se somos tão bons, por que sempre são necessárias mobilizações, campanhas e um apelo para nos fazer acordar diante das crises sociais? Isso mostra que fazer o bem não é algo natural em nós e requer sempre um esforço a mais com várias tentativas.


Nossa tendência é cansar de fazer o bem, e dormir no barulho do mal. Deixar de pensar só em mim mesmo e começar a pensar no próximo requer um esforço interno onde tenho que dizer não para a minha natural indiferença. A isso chamamos de Limites que nos foram ensinados quando crianças.

Não usar a violência quando estou irado com o meu próximo requer auto-controle: tenho que puxar as rédeas e controlar o animal dentro de mim.

Sendo assim, fazer o bem não é algo natural em nós e sim uma busca.

O nosso estado natural é sempre de egoísmo, indiferença e vingança. Sempre temos que fazer um esforço e dizer não a nós mesmos pra fazer o bem de fato.

Prova disso é a aquela famosa frase popular: "Você não pode ser muito bonzinho nesse mundo, se não você roda". Hoje em dia a malícia tem status de "virtude".

Não são poucas as vezes que nos pegamos em conflito, pensando se vale a pena fazer o bem e ser honesto.

A canseira nos atinge e questionamos: é possível ser justo?
O justo viverá da Fé.


A Fé no Amor e na Justiça quem vem de Deus é o caminho de busca por esses atributos que estão além de nós.

É essa busca que nos justifica e não nossas bem intencionadas auto-justificações. Vivemos em um país onde muita das vezes é mais vantajoso usar a malícia do que buscar a auto-doação e a justiça.
A escolha é nossa: deixar o mal nos vencer pelo cansaço ou não nos cansarmos de buscar fazer o bem.

“Bastará não fazer o mal para ser agradável a Deus e assegurar sua posição futura?


Não...., é preciso fazer o bem no limite de suas forças porque cada um responderá por todo mal que resulte do bem que não haja feito”.


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