27 outubro, 2007

Folha de Papel

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Quando criança, por causa de meu caráter impulsivo, tinha raiva a menor provocação.
Na maioria das vezes, depois de um desses incidentes me sentia envergonhado e me esforçava por consolar a quem tinha magoado.
Um dia, meu professor me viu pedindo desculpas depois de uma explosão de raiva. Me entregou uma folha de papel lisa e me disse:
- Amasse-a!- Com medo, obedeci e fiz com ela uma bolinha.
- Agora - voltou a dizer-me - deixe-a como estava antes.
É óbvio que não pude deixá-la como antes.
Por mais que tentei, o papel ficou cheio de pregas.Então, disse-me o professor:
- O coração das pessoas é como esse papel...
A impressão que neles deixamos será tão difícil de apagar como esses amassados.Assim aprendi a ser mais compreensivo e mais paciente.
Quando sinto vontade de estourar lembro deste papel amassado. A impressão que deixamos nas pessoas é impossível de apagar.
Quando magoamos com nossas ações ou com nossas palavras, logo queremos consertar o erro, mas é tarde demais.Alguém disse, certa vez:
"Fale quando tuas palavras sejam tão suaves como o silêncio".
Como uma folha.

Pense nisso!

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