29 fevereiro, 2008

DEPOIS DO AMOR.....


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Depois do amor deveria restar o amor.
Não consigo entender como é possível se falar em “fim do amor” ou “depois do amor”.
O amor, para mim, é uma constante, é eterno.
Nem creio que ele nasça, porque entendo que ele sempre existiu.
Eu entendo que ele é encontrado.
E nem é preciso procurá-lo!
Vejo as pessoas repetindo com a maior naturalidade do mundo as expressões: eu não te amo mais, quando eu te amava, um dia eu te amei, enfim, frases que dão a idéia de que o amor é passageiro, é paixão ou aventura.
Fica a sensação de que o amor corresponde a momentos, a situações, a necessidades, a desejos, a auto-estima, a auto-afirmação.
Exponho, aqui, o que eu entendo por amor.
Perdoem-me os que não vêem qualquer problema em dizer que o amor acabou, que não ama mais, que trocou de amor, que tem um novo amor, que acredita em novo amor, que não crê na eternidade do amor.
Para se falar essas expressões, na minha opinião, usa-se uma frieza totalmente incompatível com o sentimento do amor.
O amor, para mim, é um sentimento sagrado. É o nosso próprio estado de espírito, a nossa alma, a nossa essência.
É Deus dentro de nós.
É a continuidade do sentimento maior que nos ligou a outro espírito desde o início dos tempos.
O espaço reservado em nosso coração, para alguém que se ame, jamais ficará vazio, jamais substituirá o ser a quem ele pertence, jamais negará a quem quer que seja, principalmente a nós mesmos, que ele pertence a aquele ser insubstituível.
O amor não morre, não fenece, tampouco adormece.
Se existiu, existe! Existirá eternamente!
Concluir que ele acabou é concluir que ele nunca existiu. É concluir que não se amou.
O grande amor da nossa vida jamais deixará de ser amado, jamais deixará de ser o nosso grande amor, ainda que ele não nos ame, ainda que ele nos deixe, ainda que ele deixe de viver neste plano terrestre.
Porque o amor está dentro de nós, está enraizado à nossa alma, vem de outras vidas e permanecerá eternamente em nosso espírito.
Sabemos quando encontramos a nossa alma gêmea.
Não importa o nome que se dê a ela.
E sabemos também que, ao se cruzarem, ambas enxergam a luz azul que se acende dentro de cada uma, sinalizando o tão aguardado encontro.
Nem sempre elas conseguem vivenciar o amor que ficou, talvez, algumas vidas esperando pelo reencontro.
Reencontrar não quer dizer, necessariamente, união.
É possível que uma delas não tenha consciência desse encontro ou não esteja preparada, ainda, para viver esse amor.
E se ainda não chegou a hora, se inexiste o preparo de uma delas, se não acontece a harmonia necessária para que ambas consolidem e vivam, nesta vida, o amor tão buscado e esperado, tudo será motivo para a alma despreparada querer afastar de si a sua gêmea. Isso jamais significará que a outra deixará de amá-la.
A verdade é que ambas continuarão se amando, uma delas com plena consciência desse amor e a outra, muitas vezes, sem valorizá-lo e impondo distância.
Ninguém cruza a vida de alguém por acaso.
E também não é por acaso que relacionamentos que duram, às vezes, poucas horas, dias ou meses, parecem continuar existindo por longos anos, sem que ambos consigam cortar o ‘’cordão umbilical’’ que os une.
Podem tentar, quantas vezes quiserem, por quanto tempo decidirem ou conseguirem, mas os laços que unem esse ‘’cordão’’ têm a força de um amor eterno que sobreviverá a tudo e a todos. E, consciente ou inconscientemente, ambos estarão sempre muito próximos um do outro, ainda que em silêncio, ainda que distantes fisicamente, ainda que nutrindo mágoas, dúvidas, tristezas ou incertezas.
Ainda que buscando lógica para justificar suas decisões, atitudes, pensamentos.
Nada, nenhum dos sentimentos contrários ou perniciosos ao amor será maior do que o próprio amor.
Eu disse próprio amor e não amor próprio.
Aquele é, também, maior que este.
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