20 novembro, 2008

UM TOMBO... ...


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Naquele dia tomei um tombo...
Naquele dia que parecia como outro qualquer, meu mundo tornou-se cinzento.
Naquele dia que parecia como outro qualquer, decidi que o meu maior triunfo seria sobre mim mesmo.
Aprendi que as quedas são estímulos para que aprendamos a levantar com dignidade e com coragem.
Aprendi que para olhar o mundo é preciso estar no chão, mas eu só o conhecia do alto da minha arrogância.
Descobri que nunca tinha questionado se minhas ambições incluíam a ética.
Aprendi que nada nos acontece por acaso.
Sempre há um para que. Descobri que as caras feias que eu estava vendo nada mais eram do que reflexos de mim mesmo no espelho.
Naquele dia descobri que meus rivais e meus desafetos eram apenas ameaças à minha insegurança.
E que as sombras que me seguiam nada mais eram do que o reflexo negro da minha alma.
Descobri que carregava em mim um ego muito maior que eu.
Naquele dia, descobri que eu não era o melhor e que talvez eu nunca tenha sido.
Descobri que as minhas ambições eram frutos da minha enorme onipotência.
Naquele dia, deixei de ser um propagandista dos meus triunfos passados e passei a ser a minha luz do presente.
Aprendi também que de nada serve ser luz se não posso iluminar o caminho dos demais.
Naquele dia, deixei de ser o comercial do meu pseudo-conhecimento e passei a aprender um pouco mais.
Aprendi também que de nada serve saber se não posso compartilhar e legar o conhecimento.
Que para multiplicar o pão de cada dia, é preciso dividí-lo.
Aprendi que o difícil não é chegar lá em cima, e sim continuar a subida. Aprendi que a vitória duradoura não vem de sopetão.
Ela é conquistada por etapas.
Eu subi rápido demais, alto demais!
Vi que na luta pelos meus objetivos, a maior vitória é lutar.
E que são os caminhos sofridos que nos amadurecem e domam.
Aprendi que posso fazer qualquer coisa e arcar com a responsabilidade das quedas.
Deixei de me importar com quem ganha ou perde e me importar simplesmente com quem faz.
Decidi não esperar as oportunidades e sim ir eu mesmo buscá-las.
Decidi ver cada dia como uma nova oportunidade de recomeçar.
Decidi ver cada deserto como uma possibilidade de encontrar um oásis.
Aprendi que as palmeiras altas e eretas, nos dão uma lição de dignidade e postura, diante das intempéries da vida.
Aprendi que o melhor triunfo que posso ter é ter o direito de chamar alguém de amigo.
Descobri que o amor é mais que um simples estado enamorado, o amor é uma decisão de vida.
Vi que não estava protegendo aqueles que amo.
Quando o bem é precioso demais todo zelo é pouco.
E que eu não sou o bem mais precioso dentro do meu egoísmo.
Aprendi que a compaixão não é sentimentalismo e sim questão de humanidade.
Naquele dia, aprendi que os sonhos existem para fazer a realidade.
Aprendi que a imagem do inatingível é o que nos aciona para que o busquemos.
Tudo para mim foi atingível.E desde aquele dia já não durmo para descansar, simplesmente durmo para sonhar!
E desde aquele dia já não batalho para triunfar, e sim para lutar no combate.
E desde aquele dia já não vivo mais para ganhar, e sim para viver.
Vivo para cair.
Vivo para levantar.
Vivo para continuar.
Vivo para perdoar.
Vivo para respeitar.
Vivo para amar.
Vivo para aprender e para admitir que errei.
Admitir que errou é admitir que tem um defeito a menos.
E para decidir sobre quem eu quero ser.
Porque com esse tombo aprendi que a estrada do sucesso não é uma reta.
Há uma curva chamada fracasso, um trevo chamado confusão, um quebra-molas chamado amigos, faróis de advertência chamados família e pneus furados chamados empregos.
Mas se você tiver um estepe chamado determinação, um motor chamado perseverança, um seguro chamado fé e um motorista chamado Jesus, você chegará a um lugar chamado PAZ INTERIOR.

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