18 março, 2008

GENTE DO BEM.........


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"Dizem que Deus está nos detalhes. Nós é que não percebemos.’’

Quando pequenos, somos ensinados a fazer o bem.
Isso pode ser traduzido por praticar uma “boa ação” diária, coisas novamente pouco relevantes como ajudar um idoso a atravessar a rua – essa é uma imagem emblemática para mim.
Fazer o bem em escala maior é missão para super-heróis dotados de superpoderes, aptos a salvar toda a humanidade, promovendo a justiça e combatendo o mal.

Nossas pernas crescem e nossa imaginação encurta.
Então, descobrimos que não há super-heróis, não há superpoderes, a humanidade não pode ser salva, a justiça é utópica e o mal viceja.
Por isso, desistimos de ajudar os idosos a atravessarem a rua e deixamos de pronunciar palavras de agradecimento, apoio e conforto aos que nos cercam.
Assim, paramos de praticar o bem.
E perdemos a capacidade de enxergá-lo. A vida, tomada racionalmente, não é fácil para a maioria das pessoas.

Quando se tem saúde, não se tem trabalho.
Quando se tem trabalho, não se ganha o suficiente.
Quando se ganha o suficiente, não se tem reconhecimento. Quando se tem reconhecimento, não se tem paixão.
Quando se tem paixão, não se encontra o amor.
Quando se encontra o amor, falta a saúde...

Cada um de nós tem uma missão a cumprir.
E cada missão vem embalada em um fardo que não é nem grande, nem pequeno, mas na medida exata do que podemos suportar.
Uns têm fardos maiores que outros. Alguns enfrentam adversidades mais contundentes.
Mas todos têm limitações.
Se os super-heróis do bem nos parecem tão figurativos, as personagens do mal materializam-se, ganhando carne e osso e uma habilidade ímpar em nos assediar.
É neste momento que temos que buscar o que temos de melhor, não com base na sorte ou em fatores externos, mas em nossa força interior.
E direcionar este potencial para o caminho do bem.

Shakespeare dizia que “o mal que os homens fazem vive depois deles enquanto o bem é quase sempre enterrado com seus ossos”.
Costumo pontuar que é muito importante tomar cuidado com as palavras.
Quando você diz algo que desagrada a alguém, pouca valia haverá em se desculpar a posteriori.
Porque não importa o que você disse, mas importa o que ficou depois do que você disse.
Fazer o bem faz bem.
O bem despretensioso, genuíno, sem paga.
É caminhada que não desgasta os sapatos, subida que não cansa.
É fonte de prazer e de alegria.

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