25 março, 2008

Imperfeições morais...........


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- Certo dia, um casal ao chegar do trabalho, encontrou algumas pessoas dentro de sua casa. Achando que eram ladrões, ficaram assustados. Mas um homem forte e saudável com corpo de halterofilista disse:
- Calma pessoal, nós somos velhos conhecidos e estamos em toda parte do mundo.- Mas quem são vocês? Pergunta a mulher.

- Eu sou a PREGUIÇA responde o homem másculo. Estamos aqui para que vocês escolham um de nós para sair definitivamente da vida de vocês.- Como você pode ser a preguiça se tem um corpo de atleta que vive malhando e praticando esportes? Indagou a mulher.

- A preguiça é forte como um touro e pesa toneladas nos ombros dos preguiçosos. Com ela ninguém pode chegar a ser um vencedor.
- Uma mulher curvada, com a pele muito enrugada que mais parecia uma bruxa disse:
- Eu meus filhos, sou a LUXÚRIA.- Não é possível! Diz o homem. Você não pode atrair ninguém com esta feiúra.- Não há feiúra para a luxúria filhos. Sou velha porque existo há muito tempo entre os homens. Sou capaz de destruir famílias inteiras, perverter crianças e trazer doenças para todos até a morte. Sou astuta, e posso me disfarçar na mais bela mulher ou homem que você já viu.
- Um mal cheiroso homem, vestindo uns maltrapilhos de roupas que mais parecia um mendigo disse:
- Eu sou a COBIÇA. Por mim muitos já mataram. Por mim muitos já abandonaram famílias e pátria. Sou tão antigo quanto a luxúria, mas eu não dependo dela para existir. Tenho essa aparência de mendigo porque por mais bem vestido que me apresente, por mais rico que pareça, com jóias, dinheiro e carros luxuosos, ainda assim, me verás desta forma. Porque a cobiça está tanto dentro do pobre quanto do rico.
- E eu sou a GULA!
Disse uma lindíssima mulher, com o corpo escultural e cintura finíssima, seus contornos eram perfeitos, e tudo no corpo dela tinha harmonia de formas e movimentos.Assustaram-se os donos da casa, e a mulher disse:
- Sempre imaginei que a gula fosse gorda!- Isso é o que vocês pensam. Responde ela. Sou bela e atraente, porque se assim não fosse, seria muito fácil livrarem-se de mim. Minha natureza é delicada, normalmente sou discreta. Quem tem a mim não se apercebe. Mostro-me sempre disposta a ajudar àqueles que querem fazer regimes, mas na verdade faço tudo ir de maneira sutil. Destruo o prazer de viver e destruo a beleza do corpo. Também por mim muitas famílias destruíram-se em busca da luxúria.
- Sentado em uma cadeira, num canto da casa, um senhor também velho, mas com o semblante bastante sereno, com voz doce e movimento suave disse:
- Eu sou a IRA! Alguns me conhecem como cólera. Tenho muitos milênios também. Não sou homem nem mulher assim como meus companheiros que estão aqui.- Ira? Parece mais um vovô que todos gostaríamos de ter, diz a dona da casa.- E a grande maioria me tem, responde o vovô. Mato com crueldade. Provoco brigas horríveis que destroem cidades quando me aproximo. Sou capaz de eliminar qualquer sentimento diferente de mim. Posso estar em qualquer lugar, e penetrar nas mais protegidas casas. Pareço calmo e sereno para mostrar-lhes que a ira pode estar no... aparentemente manso. Posso também ficar contido no íntimo das pessoas, sem me manifestar, provocando úlceras, cânceres, e as mais temíveis doenças.
- Eu sou a INVEJA! Faço parte da história do homem desde a sua aparição. Diz uma jovem que ostentava uma coroa de ouro cravada de diamantes, usava braceletes de brilhantes e roupas de fino pano assemelhando-se a uma princesa rica e poderosa.- Como inveja se és rica e bonita e parece ter tudo o que deseja? Disse a mulher da casa.- Há os que são ricos; os que são poderosos; os que são famosos; e os que... não são nada disso. Mas eu estou entre todos. A inveja surge pelo que não se tem, e o que não se tem é a felicidade. Pois felicidade depende de amor, e isso é o que mais carecem na humanidade. Por causa de mim muita destruição já houve, mortes e sofrimento. Onde eu estou, está também a tristeza.
O orgulho é como uma criança mesmo, mostra-se inocente e inofensivo. Mas não se enganem, sou tão destrutivo quanto todos aqui. Quer brincar comigo?
A preguiça interrompe a conversa e diz:
- Vocês devem escolher quem de nós sairá definitivamente de suas vidas. Queremos uma resposta.
O homem da casa responde:
- Por favor, dêem dez minutos para que possamos pensar.
O casal se dirige para seu quarto, e lá fazem várias considerações. Dez minutos depois retornam.
- Então? Pergunta a gula.- Ante expectativa geral respondem:
Queremos que o orgulho saia de nossas vidas.
O garoto olha com um olhar fulminante para o casal, pois queria continuar ali. Porém, respeitando a decisão, dirige-se para a saída.

Os outros, em silêncio, iam acompanhando o garoto, quando o homem da casa pergunta:
- Hei! Vocês vão embora também?
O menino, agora com ar severo e com a voz forte de um orador experiente, diz:
- Escolheram que o orgulho saísse de suas vidas, e fizeram a melhor escolha...*
Pois onde não há orgulho, não há preguiça, pois os preguiçosos são aqueles que se orgulham de nada fazer para viver, não percebendo que na verdade vegetam.* Onde não há orgulho, não há luxúria, pois os luxuriosos têm orgulho de seus corpos e julgam-se merecedores de possuir os corpos de tantos quantos lhes convir, não percebendo que na verdade são objetos do instinto.* Onde não há orgulho não há cobiça, pois os cobiçosos têm orgulho das migalhas que possuem, juntando tesouros na terra e invejando a felicidade alheia, não percebendo que na verdade são instrumentos do dinheiro.* Onde não há orgulho não há gula, pois os gulosos se orgulham de suas condições, e jamais admitem que o são. Arrumam desculpas para justificar a gula, não percebendo que na verdade são marionetes dos desejos.* Onde não há orgulho não há ira, pois os irosos se orgulham de não serem passíveis e jamais abaixam a cabeça diante de qualquer situação. São incapazes de permitir que a vida lhes proporcione lições de aprendizado, e se revoltam com facilidade com aqueles que, segundo o próprio julgamento, não são perfeitos, não percebendo que na verdade sua ira é resultado de suas próprias imperfeições.* Onde não há orgulho não há inveja, pois os invejosos sentem o orgulho ferido ao verem o sucesso alheio, seja ele qual for. Precisam constantemente superar os demais nas conquistas. Não percebendo que na verdade são ferramentas da insegurança e da falta de amor à vida. Adeus!
Saíram todos sem olhar para traz. E ao baterem a porta, um fulminante raio de luz invadiu o recinto. E como haviam se livrado dessas imperfeições morais eles adquiriram condições de galgar a mundos melhores "Desejar melhoras materiais, conforto e lazer não é condenado. O que se deve evitar é a inveja de quem já conquistou estas facilidades. Diga ao público que todos podemos e devemos buscar uma situação material estável, mas que isso não seja motivo de angústia e revolta.

A vida não é só constituída de prazeres terrenos. Pelo contrário, a matéria não nos traz estabilidade, pois é cercada de bons e maus momentos.

O que precisamos é buscar o equilíbrio espiritual, e com isso, todo o restante nos será acrescentado, como disse Jesus. Pois estaremos abertos a novas conquistas, materiais e espirituais, e teremos condições de escolher os melhores caminhos que nos trarão o que almejamos".


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